Governo quer nova norma para ampliar investimentos federais em publicidade na internet
Jogo na rede A internet deve passar a receber mais publicidade federal. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência elabora para este ano uma nova norma para atualizar a fatia da internet na partilha da comunicação social do país — em 2015, os investimentos federais na internet foram de 12,4%, marca que o Executivo considera insatisfatória. O Planalto promete rodar uma pesquisa nacional para aferir como as pessoas se informam antes de adotar o novo parâmetro de gasto com publicidade.
Amigos O Planalto promete não mudar os critérios de mídia técnica, uma reivindicação do PT para repassar mais recursos a blogs e sites simpáticos às causas do partido. Segundo previsões internas, a fatia da internet subiria para algo próximo a 20%.
Sem cliques O governo diz que deseja “qualificar a audiência”, mexendo na forma de medir os acessos na internet. “Nos interessa substituir o mero clique por algo como o tempo em que a pessoa fica com a página aberta, se vê um vídeo até o fim”, disse um técnico da futura regra.
Pedido A oposição fará, nesta segunda (22), petição ao STF para que a corte considere a possibilidade de candidatura avulsa na composição da comissão do impeachment. DEM e PSDB veem clima favorável para que o Supremo reveja posições sobre o rito de deposição de Dilma.
Acordo A pressão para incluir pedidos de indiciamentos na CPI do BNDES está nas alturas. O foco passou a ser o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Petistas dão aval à possibilidade, desde que não se avance sobre Fernando Pimentel (MG).
Foco na missão Além de se dedicar à leitura para reduzir o tempo em que passará preso, José Dirceu também já fez dois cursos técnicos. Cada um deles dá direito à remissão de cinco dias da pena.
À espera Parte do PT ainda defende explicações públicas de Lula sobre o sítio em Atibaia. Nem que seja só para o ex-presidente reafirmar que não é o dono da propriedade.
Em campo Petistas ficaram irados com a repercussão numa rede social de um trecho da campanha eleitoral de Lula de 2002. Nele, Marisa diz que o marido adora ir para o “sítio”. O depoimento é ilustrado por imagens do petista jogando bola e acendendo o fogão a lenha.
É outro! O ex-presidente afirmou que se trata de uma chácara de sua propriedade em São Bernardo do Campo.
E por que não usa? O deputado Bruno Covas (PSDB-SP), que divulgou o vídeo na internet, ironizou a reação de Lula: “Se ele tem um sítio em São Bernardo, por que diabos foi 111 vezes ao de Atibaia?”. O vídeo já foi acessado mais de 600 mil vezes.
Agora ou nunca Andrea Matarazzo diz a interlocutores que, se não for o candidato a prefeito do PSDB, terminará seu mandato como vereador e voltará a ser apenas empresário. Afirma que, se em 25 anos não convenceu o partido de que é um bom nome, não conseguirá mais.
Melhor não João Doria pediu ao presidente da Assembleia de SP, Fernando Capez, que não fosse ao seu último evento de pré-campanha, no sábado. Doria chegou a lançar Capez como sucessor de Geraldo Alckmin. O deputado, contudo, virou alvo do escândalo das merendas.
Questão de tempo Como o governador, Doria tem dito que acredita na inocência do deputado tucano e que tudo será esclarecido em breve.
Votem! A indústria vai pressionar os senadores para que o acordo de facilitação do comércio internacional negociado na OMC seja votado o mais rápido possível.
Só falta você Das oito maiores economias, só o Brasil não ratificou o acerto ainda. Quando dois terços dos membros da OMC assinarem, o tratado passa a valer.
TIROTEIO
Só agora, às vésperas da eleição, é que o prefeito Fernando Haddad se dá conta dos erros do governo de seu partido?
DO DEPUTADO RICARDO TRIPOLI (PSDB-SP), pré-candidato a prefeito de São Paulo, sobre Haddad ter aconselhado Dilma a “se reencontrar com a base que a elegeu”.
CONTRAPONTO
Sem preconceito
As filas nos elevadores da Câmara eram enormes na última quarta (17). Com dois em reparo, até os elevadores privativos dos deputados estavam abarrotados.
Plenário cheio, os mictórios do banheiro masculino entupiram. Do reservado que tinha a única privada disponível para uso, um deputado esbravejou contra o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ):
— Banheiro interditado, elevadores enguiçados… Esse presidente não pode continuar!
Jean Wyllys (PSOL-RJ), que aguardava sua vez, disse:
— Cunha precisa sair por outros motivos. Mas, se esses são os que lhe motiva, colega, bem-vindo!