Empresários prometem pressionar Congresso para recriar a CPMF se governo fixar teto de gastos

Painel

Cartas na mesa Alguns dos principais representantes do setor privado nacional prometeram nesta quinta-feira (28), após a reunião do Conselhão, pressionar o Congresso a aprovar a recriação da CPMF. Impuseram, porém, uma condição: o governo precisa apresentar, em prazo recorde, lei fixando um teto rígido para o gasto público em relação ao PIB. “Tempo é um bem escasso que está comendo o calcanhar da presidente da República”, disse um importante empresário ao sair da reunião com Dilma.

Faça-me o favor Já um outro executivo era só reclamação ao deixar o evento: “Gastei uma nota de jatinho para nada”, disse. “Nós, os homens mais produtivos da nação, paramos tudo para vir aqui e ainda não sabemos se o governo é capaz de nos tirar da recessão”, completou.

Morde Sindicalistas saíram do Conselhão bufando com a ideia da reforma da previdência. Para eles, o tema não devia sequer ter entrado na pauta. Também reclamaram da autorização de uso do saldo do FGTS como garantia de crédito consignado.

Assopra No final do encontro, Dilma Rousseff fez um pequeno afago: comprometeu-se a comparecer, no mês que vem, no congresso nacional dos Sindicatos Brasileiros, cujo presidente é do PMDB.

Vai que cola A bancada da bala na Câmara promete pressionar, já na volta do recesso parlamentar, pela aprovação de mudanças no estatuto do desarmamento.

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Acabou o amor O deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) diz que 2016 será diferente. “Eu era o queridinho da bancada e colocaram o Picciani. Voltei a ser queridinho e aí me inventam o Hugo Motta. Cansei. Chega de ser fofinho”.

Ninguém escuta Presidentes de estatais estão assustados com a rebeldia das áreas técnicas. Decisões acertadas entre dirigentes e governo são agora desafiadas com afinco. “Eles viram que estão diante de um governo fraco”, diz um dirigente.

Temos plano O governo quer convocar um leilão ainda neste semestre para levantar pelo menos R$ 3 bilhões com as sobras de frequência de 4G, a internet de alta velocidade. A esperança está em investidores internacionais, da China e do Reino Unido.

Essa eu quero ver Executivos do setor duvidam do sucesso da empreitada. Sem dinheiro, a Oi desistiu de fazer lances no ano passado. E as demais operadoras já garantiram suas faixas. “Não vão vender nada. Só um louco para entrar no mercado brasileiro agora”, diz o executivo de uma grande operadora.

Espuma Apesar de defender publicamente o projeto de eleição para subprefeitos de SP, vereadores afirmam que Fernando Haddad (PT) ainda não se movimentou para garantir a aprovação do projeto.

E nós? Petistas reclamam que Haddad não consultou a bancada da sigla sobre a proposta. Dizem que o partido está desconfortável com a iniciativa.

O pulso O vereador Andrea Matarazzo encomendou uma pesquisa para medir, entre os militantes, a força dos pré-candidatos tucanos nas prévias do partido, em 28 de fevereiro. O campo será na próxima semana e deve ouvir 300 filiados aptos a votar.

Vendeu grife O PSDB paulistano afirmou que a sigla pretende usar uma tecnologia da Microsoft na votação para a escolha do candidato a prefeito. Quem ofereceu o sistema ao partido foi, na verdade, o ex-prefeito de Campo Limpo Paulista, o tucano Armando Hashimoto. Ele é dono da HBF Soluções e Consultoria.

Usaram meu nome A multinacional Microsoft afirma que não ofereceu o software. Diz também que não faz doações a partidos e a campanhas eleitorais no país.


TIROTEIO

O PT não gosta de trabalhar. Eu gosto de trabalhar. Eles gostam de dinheiro fácil. Já eu gosto do dinheiro suado.

DE JOÃO DORIA, pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, reagindo a críticas de que vive das benesses do governo federal por receber verba da Apex.


CONTRAPONTO

A vida é dura

Na posse do desembargador José Renato Nalini, novo secretário de Educação do Estado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), falava dos inúmeros cargos exercidos anteriormente pelo ex-presidente do Tribunal de Justiça. Ao listar, de forma diligente, os títulos de mestrado, doutorado e docência do novo secretário, o tucano arrematou:
— De tudo isso, Nalini, talvez o título de “imortal” que a Academia Paulista de Letras lhe conferiu seja o que mais vai lhe ajudar neste desafio — disse o governador paulista, arrancando gargalhada da plateia e antecipando como será a vida do auxiliar daqui por diante.