PSDB espera nova safra de delações da Lava Jato para pressionar por cassação de Dilma no TSE

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Algo novo aí? O PSDB espera a nova safra de delações da Lava Jato para dar vida ao processo de cassação da presidente da República no TSE. Oposição e governo concordam em um diagnóstico: o futuro do julgamento depende de fatos novos e, do jeito que está, o humor geral na corte tende pelo arquivamento das ações. Caso o cenário mude, ministros do tribunal não estariam dispostos a salvar Michel Temer do cadafalso. Se Dilma Rousseff for impedida de continuar, seu vice também o será.

Menos pior Se a chapa for cassada, Dilma também ficará inelegível. Ministros da corte dizem que Temer seria afastado, mas escaparia de tal punição, podendo concorrer a cargos públicos no futuro.

Interligado Investigadores da Lava Jato suspeitam que uma das galerias em que o senador Fernando Collor (PTB-AL) comprou obras de arte para supostamente lavar dinheiro é do ex-senador Luiz Estevão.

Nada disso A assessoria de Collor diz que a suspeita é infundada e que as obras foram adquiridas com recursos próprios. A defesa de Luiz Estevão não quis comentar.

Caixa de Pandora Pedro Corrêa logo ganhará o título de frasista da Lava Jato. Em negociação para delação premiada, o ex-deputado –que já dissera que a corrupção existe desde o Império– voltou a ser questionado sobre a abrangência do que pretende contar.

Rá, te peguei! “Posso falar desde o governo Figueiredo”, disse ele, para, em seguida, tranquilizar a todos: “Mas não chega no presidente”.

Volta às origens Depois do livro de memórias de FHC, José Dirceu recebeu mais dois títulos para passar o tempo no cárcere. Um deles é “A vida de George F. Kennan”, escrito pelo historiador John Lewis Gaddis, referência em assuntos ligados à Guerra Fria.

Nome sugestivo O outro é “A Capital da Solidão”, de Roberto Pompeu de Toledo, sobre a história de São Paulo.

Poder nas mãos Ainda disposto a ajudar o Planalto, Renan Calheiros (PMDB-AL), guarda um trunfo: o momento em que levará ao plenário as contas de Dilma de 2014. A depender de quando ocorrer, e do humor do senador, a votação pode ser um ingrediente para incendiar ou enterrar de vez o impeachment.

Virou rotina Investigadores fazem as contas: na primeira vez em que foi intimado a depor, Lula demorou quase um ano para comparecer à PF. Já nas duas últimas vezes, a espera não passou muito de um mês.

A meta é clara Aliados de Ricardo Tripoli, pré-candidato tucano à Prefeitura de SP, dizem que ele só terá chance se levar a disputa ao segundo turno. Com a rixa entre os grupos de Andrea Matarazzo e João Doria, apostam que cooptarão apoio do lado perdedor.

Alto e avante Três tucanos de farta plumagem concordam num diagnóstico: pesquisas internas sugerem que estão crescendo as chances de o prefeito Fernando Haddad (PT) chegar ao segundo turno da disputa municipal.

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Novos laços O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) recebeu um mimo de Natal da liderança do MST: uma cesta com produtos cultivados nos assentamentos do movimento. O tucano faz esforços para conquistar os Sem Terra, historicamente ligados ao PT.

Olho nele Apesar de o centro de pesquisas ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia dizer que sabia da condenação por terrorismo de Adlène Hicheur ao convidá-lo, a PF vasculha informações prestadas por ele para conseguir o visto brasileiro.

Passe livre Investigadores avaliam que, se Hicheur tiver omitido a condenação, pode haver motivo para pedir sua saída do Brasil.


TIROTEIO

As manifestações só tendem a aumentar. Se for para marcar local, melhor Geraldo Alckmin construir logo um ‘protestódromo’.

DE RAIMUNDO BONFIM, coordenador geral da CMP (Central de Movimentos Populares) sobre a repressão da PM aos protestos contra aumento da tarifa.


CONTRAPONTO

Ele é o bom, é o bom, é o bom 

Aécio Neves, presidente do PSDB, terminou o almoço num restaurante da capital e se deparou com o procurador-geral, Rodrigo Janot. Os dois se cumprimentaram. Um dos acompanhantes do chefe do MP aproveitou parar elogiar a entrevista do tucano à revista de Harvard. Aécio, inflado, agradeceu, mas foi logo interrompido:
— Mas você não está na lista dos 100 maiores pensadores do mundo — brincou o PGR, referindo-se ao ranking de uma publicação americana que o colocou ao lado de líderes como Angela Merkel e papa Francisco.
–Mas estou bem representado — cortou Aécio, sorrindo, antes de se despedir do “concorrente”.