Tucanos querem adiar prévias de candidatos à Prefeitura de SP para achar “terceira via”

Painel

Para que pressa? Tucanos graúdos de SP, descontentes com as opções da sigla para a campanha à prefeitura da capital, se movimentam para adiar as prévias do partido, em 28 de fevereiro. Avaliam que nem o vereador Andrea Matarazzo nem o empresário João Doria, os mais fortes até o momento, têm o perfil ideal para disputar o cargo. A eleição é vista como crucial para pavimentar nacionalmente o nome do governador Geraldo Alckmin como candidato do PSDB ao Palácio do Planalto em 2018.

Mais um Matarazzo é apoiado por José Serra e não tem as bênçãos de Alckmin. Já Doria é visto como “cristão novo” no PSDB. Para essa ala tucana, é preciso encontrar uma terceira via ou ganhar tempo para ver se Ricardo Tripoli, último a se lançar como pré-candidato, decola.

Sei não Alckmin tem insistido que a realização das prévias é a melhor forma de escolher o candidato. A pressão pelo adiamento tende a crescer nas próximas semanas.

Aquela dívida O presidente do PSDB paulista, deputado Pedro Tobias, diz que pedirá uma auditoria nas contas da campanha de José Serra à Prefeitura, em 2012. O senador tucano deixou uma dívida de R$ 17 milhões para o diretório estadual, que se recusa a pagar.

Rebelião à vista Interlocutores de Eduardo Cunha avisam que o veto de Dilma à destinação de recursos da Lei de Repatriação aos Estados e municípios será derrubado pelo Congresso. Prefeitos prometem agir para que isso ocorra.

Sabático? Gabriel Chalita, secretário de Educação de SP, pode tirar licença do PMDB para embarcar na campanha de reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT).

Best friends Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, tornou-se habitué do Planalto. Esta semana, esteve com Dilma duas vezes. O aliado tem duas preocupações: a dilatação do prazo para pagar a dívida com a União e a redução dos juros pedidos pelo Banco do Brasil para antecipar os royalties do pré-sal.

Vamos nessa O peemedebista está articulando junto a outros governadores em situação financeira difícil levar o pleito formal à presidente da República. “Só mudar o indexador não basta. É preciso aumentar o prazo”, afirma Pezão.

Falta pouco Investigadores da Lava jato esperam terminar de colher até o fim de janeiro os depoimentos de Nestor Cerveró. Acreditam já ter percorrido dois terços da delação do ex-executivo da Petrobras.

E vem novidade Políticos que não foram citados no termo de delação ainda não podem celebrar. Com a gravação que incriminou senador Delcídio do Amaral (PT-MS), foi preciso correr para homologar o acordo. Mas ele tem mais a dizer.

PF Esperança Com a notícia da tesourada de R$ 151 milhões em seu orçamento em 2016, a Polícia Federal começou a receber ligações e mensagens de interessados em doar dinheiro à corporação.

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Bufunfa online Um dos candidatos a mecenas sugeriu aos delegados a criação de um financiamento coletivo pela internet para ajudar a PF.

Ai, ai Petrobras A presidente Dilma Rousseff tem repetido a interlocutores o que ouviu do presidente russo, Vladimir Putin: o preço do barril de petróleo vai chegar a US$ 20 quando o Irã entrar no mercado.

Sem margem Nesse cenário, os sócios da Sete Brasil, empresa do pré-sal, que já estavam pessimistas, agora nutrem pouquíssima esperança de salvar o projeto. O escritório Sergio Bermudes, que já atuou para a empresa, deve conduzir a recuperação judicial caso os sócios optem por essa saída em assembleia marcada para o fim do mês.


TIROTEIO

Dilma anda dizendo por aí que quer dar força para o Conselhão. Quero só ver se o primeiro conselho deles for para ela renunciar.

DE LÚCIO VIEIRA LIMA (PMDB-BA), deputado federal, sobre a ideia da petista de reativar o órgão consultivo, que reúne empresários e lideranças sociais.


CONTRAPONTO

Em assinatura de convênio com o município de Altair, cidade de cerca de 4.000 habitantes no interior paulista, o secretário estadual de Desenvolvimento Social de SP, Floriano Pesaro, conversava com o jovem prefeito local, Antonio Padron Neto (PR).
Pesaro perguntava sobre a região e as principais dificuldades que ele vinha enfrentando na administração da cidade, que fica muito próxima a São José do Rio Preto.
Padron, um médico de 34 anos, aproveitou a brecha:
—Olha, tem menos problemas nos meus plantões de madrugada na emergência do hospital do que no dia-a-dia da Prefeitura! — exagerou.