Baixa popularidade de Dilma faz Haddad esconder presidente em 2016
Amigo oculto A baixíssima popularidade de Dilma Rousseff em São Paulo forçará o prefeito Fernando Haddad a esconder a correligionária durante as eleições. O núcleo político do petista tem recomendado um descolamento gradual durante a campanha pela reeleição. A distância deve ficar cada vez mais nítida à medida que a corrida municipal se aproxima. Haddad não descarta expor publicamente o que diz no reservado: que o bloqueio de recursos devido à crise fez o PAC na capital parar.
Nua e crua Quando provocado sobre o assunto, Haddad afirma que papel de prefeito não é fazer oposição ao presidente da República. O que não significa deixar de dizer a verdade, completa ele.
Falei e disse O prefeito, a propósito, repetiu a aliados o que sinalizou publicamente: “De zero a dez, a chance de eu deixar o PT é zero”.
Sujou O imbróglio em torno da indicação de Nelson Jobim como chefe da missão brasileira que acompanharia as eleições parlamentares da Venezuela envenenou a relação do Planalto com o TSE.
Liga pra mim Marco Aurélio Garcia, assessor internacional de Dilma, teve uma ríspida conversa ao telefone com o presidente do tribunal eleitoral, Dias Toffoli.
Impacto profundo O veto branco do governo Nicolás Maduro a Jobim reforçou o coro de parte do governo brasileiro de que é preciso ter canais de diálogo com a oposição moderada venezuelana.
Made in USA Para diplomatas, ou o Brasil abre interlocução com críticos do chavismo ou corre riscos de ficar para trás caso os aliados percam as eleições presidenciais, marcadas para 2019.
Muito bem Ao contrário de Marco Aurélio, o senador tucano Aécio Neves procurou Toffoli para parabenizá-lo.
#BFF Quem acompanha os bastidores da capital deve prestar atenção na relação de Toffoli e Aécio. Surge ali uma amizade vista como improvável até pouco tempo atrás.
Berlinda MTST, CUT e UNE farão manifestações pelo país pedindo a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, no dia 8 de novembro. Em São Paulo, onde a organização espera reunir 30 mil pessoas, o ato começará na avenida Paulista e irá até o parque do Ibirapuera.
Já vi… O PMDB nacional enviará aos diretórios estaduais, para que possam opinar, um documento com propostas para o país superar as crises política e econômica. O texto será entregue na próxima quinta, segundo o vice-presidente Michel Temer.
…esse filme Em agosto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou documento semelhante, a Agenda Brasil. Desta vez, o principal responsável é Moreira Franco, que foi ministro nos dois mandatos de Dilma, é próximo a Temer e virou crítico da presidente.
Desmarca Sob o comando do deputado Guilherme Mussi (SP), o PP paulista faz uma limpa nos diretórios do Estado. A ordem, segundo um interlocutor do novo cacique, é “dar um arejada para tirar a marca de Maluf”.
No vermelho A nova direção diz que o deputado federal Paulo Maluf, presidente estadual da sigla até o ano passado, deixou uma dívida de R$ 300 mil, entre aluguel da sede e pagamentos de funcionários, atrasados desde dezembro de 2014.
Expansão O PMDB buscará adversários fortes contra prefeitos que tentam a reeleição em São Paulo. A meta é expandir dos 89 eleitos em 2012 a 100 prefeitos no Estado.
Pé de valsa O senador José Serra (PSDB-SP) desempenhou papel ao qual não está acostumado, a pedido do presidente da Alesp, Fernando Capez. O tucano dançou com a filha do correligionário em sua festa de debutante —veja a foto abaixo.
TIROTEIO
FHC diz que Lula foi leniente com corrupção, mas esquece que, ao contrário do governo dele, o PT investigou todas as denúncias
DE EMÍDIO DE SOUZA, presidente estadual do PT em São Paulo, sobre a fala do ex-presidente FHC em relação à atuação de Lula na Presidência com ‘malfeitos’
CONTRAPONTO
Au, au, au, baleia é animal
Corintiano fanático, o presidente do diretório paulista do PMDB, deputado Baleia Rossi, agradecia à juventude da sigla, que levou uma bateria de escola de samba ao congresso estadual dos peemedebistas.
—Você sabe que essa bateria do Peri é do Corinthians, né?—, comentou o deputado, entre aplausos e vaias.
Na platéia, o futuro candidato a vereador Marcão da Mancha, ex-presidente da Mancha Verde —que trocou o PRB pelo PMDB—, observava o discurso sorrindo. Foi quando veio o desagravo do presidente estadual:
—Só santista eu vou perdoar, porque o símbolo do Santos é uma baleia—, divertiu-se Baleia Rossi.