Cunha deve distribuir comando de novas CPIs entre PMDB, DEM e PSDB

Painel

Licor antes da guerra Na “ceia” para a qual convidou líderes partidários logo após o jantar oferecido por Dilma Rousseff, na segunda-feira, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tratará da divisão do comando das quatro novas CPIs que promete instalar na reabertura dos trabalhos na Câmara. A presidência da CPI do BNDES deverá ficar com o PMDB. A dos fundos de pensão, considerada a mais explosiva, será ofertada ao DEM, com um peemedebista na relatoria. O PSDB comandará a investigação de crimes cibernéticos.

Cafezinho De um palaciano sobre a coincidência de eventos: “Os líderes sairão do Alvorada direto para contar tudo para Cunha. Para evitar a interpretação, o peemedebista pode transformar a reunião em almoço na terça.

No lucro O DEM gostou de comandar a CPI dos fundos. Acha que pode se aproximar do funcionalismo público, enquanto a apuração sobre o BNDES tem potencial de atrito com empreiteiras.

Obsequioso Presos à aliança com Cunha para ter espaço nas novas CPIs, tucanos e democratas se calam sobre a acusação de uso da CPI da Petrobras para ameaças e extorsão a advogados e delatores da Lava Jato.

Alívio A Procuradoria-Geral da República descarta, por ora, realizar busca e apreensão nas residências oficiais da Câmara e do Senado como temiam aliados de Cunha e Renan Calheiros (PMDB-AL), indiciados.

Tartaruga Na PGR a avaliação é que a investigação contra o presidente do Senado foi uma das que menos avançaram desde a abertura dos procedimentos, em março.

Lista De um governador desanimado com a reunião com Dilma: “Foi tão genérica que parecia o programa Porta da Esperança, com cada um pedindo alguma coisa”.

Nano Os convidados criticaram o excesso de discursos de ministros e ironizaram a escalação de Guilherme Afif (Micro e Pequena Empresa).

Da casa 1 O governo convocou ex-ministros do TCU para engrossarem o lobby no tribunal contra a rejeição das contas de Dilma em 2014.

Da casa 2 Ubiratan Aguiar esteve no plenário na quarta confabulando com ministros. Valmir Campelo, que hoje é vice-presidente do Banco do Brasil, também atua.

Controle remoto Aliados de Celso Russomanno (PRB) trabalham com a perspectiva de que o deputado assuma um programa próprio, às tardes, na TV Record. Isso aumentaria o público alvo na emissora do pré-candidato à Prefeitura de São Paulo.

O aprendiz Em grupo de WhatsApp de uma ala do PSDB, Andrea Matarazzo comparou João Doria Jr. –potencial rival interno na disputa pela candidatura em São Paulo– ao prefeito Fernando Haddad (PT). “Chega de trainee”, escreveu.

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Erro 404 Com o site do partido fora do ar há semanas, a direção do PP paulista diz que o grupo de Paulo Maluf, antigo presidente, não forneceu a senha para atualizar a página. Recorreu ao provedor para retomar o acesso.

Deixa estar Vereadores do PMDB dizem preferir que o partido tenha candidato próprio à sucessão de Haddad mas defendem que a decisão só seja anunciada no limite do prazo. Querem manter os cargos na administração o máximo possível.

Visitas à Folha Gueitiro Matsuo Genso, presidente da Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava com Roberto Sabato Claudio Moreira Junior, gerente-executivo de Comunicação e Marketing, e Gabriela Wolthers, diretora da FSB Comunicação.

Paulo Corrêa, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, visitou ontem a Folha.


TIROTEIO

Como ela vem pedir ajuda se só se mexe para tirar dinheiro dos Estados? O pacto federativo genérico que ela propõe não tem futuro.

DO DEPUTADO DANILO FORTE (PMDB-CE), sobre o pacto de governabilidade proposto pela presidente Dilma Rousseff a governadores nesta quinta-feira.


CONTRAPONTO

O galã da ministra

No inspirado discurso que fez na abertura de um evento de produtores de animais em São Paulo, a ministra Kátia Abreu decidiu sair do script e fez uma saudação especial ao governador paranaense, Beto Richa (PSDB).

—Não sei se já disseram para o senhor… Mas o senhor parece muito com um galã, aquele das histórias secretas. Está aí todo bonito… —disse, arrancando risos.

Ao final do encontro, coube ao paulista Geraldo Alckmin (PSDB) esclarecer aos jornalistas:

—Ela estava falando do Alex, de Verdades Secretas —explicou o tucano, sobre o personagem vivido por Rodrigo Lombardi na novela global.