Inseguro com TCU, governo diz que cabe ao Congresso aprovar contas

Painel

Desfecho em aberto O vazamento do relatório técnico do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que o governo omitiu R$ 37,1 bilhões em atrasos de repasses do Tesouro em 2014 deixou o governo pessimista quanto ao resultado do julgamento das contas de Dilma Rousseff, que acontece nesta quarta-feira. O discurso de vários ministros passou a ser que o tribunal não tem poder de rejeitar as contas, mas apenas fazer uma “recomendação”. A decisão, dizem auxiliares da presidente, cabe ao Congresso.

Taxímetro O impasse sobre o relatório do projeto de lei que revê as desonerações acendeu no governo o receio de que a votação só esteja concluída no segundo semestre e as novas alíquotas passem a valer apenas em dezembro.

É guerra Ainda assim, o Planalto e a equipe econômica decidiram endurecer com o PMDB. O governo prefere que o texto passe a valer mais tarde a fazer concessões que reduzam a arrecadação.

Calendário A votação antes do recesso de julho é um cenário “remotíssimo”. A previsão mais pessimista é de aprovação em setembro.

Propaganda Dilma pediu empenho de ministros e líderes para explicar o provável veto à mudança no fator previdenciário. Cobrou um discurso homogêneo para rebater o bombardeio das centrais sindicais e da oposição.

Letal A equipe econômica argumenta que a projeção de rombo nas contas pela mudança do fator previdenciário daria sinal negativo ao mercado em meio ao ajuste fiscal.

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Cilindradas O presidente da Força, Miguel Torres, brincou com Carlos Gabas (Previdência) sobre o fim do fator: “Ia pedir sua ajuda para convencer a presidente, mas você perdeu espaço: ela trocou sua moto pela bicicleta”.

Não quer calar Lula brincava com petistas nos bastidores do congresso do PT da última semana: “Quem teve a ideia de fazer esse evento no Dia dos Namorados? Isso é congresso de corno?”.

Plim-plim 1 Prestes a tomar posse, Edson Fachin defende a transmissão ao vivo pela TV Justiça dos julgamentos do Supremo, que causou polêmica no mensalão.

Plim-plim 2 “Há um efeito benéfico. O debate se dá ao vivo e as pessoas acompanham. Nisso, o Brasil está à frente de países em que nem se toma conhecimento do voto minoritário”, afirma.

Overbooking Foram vendidos cerca de 750 convites, a R$ 100 cada, para o coquetel de posse de Fachin. Sobraram apenas algumas vagas de “reserva técnica”.

Praias… A 12 dias da inauguração da ciclovia da Paulista, o prefeito Fernando Haddad (PT) estuda fechar a avenida para carros aos domingos definitivamente. O plano depende de estudos.

… paulistanas A ideia do prefeito também é fechar o Minhocão todos os sábados, sempre a partir das 15h. O teste será feito na Virada Cultural, neste fim de semana.

Cano Irritados com a perda de espaço para outros partido, vereadores do PT não deram as caras nas posses dos secretários Luiz Medeiros (Subprefeituras) e Tadeu Candelária (Meio Ambiente).

Estresse Dias antes chamar de um munícipe de “coxinha” no Twitter, Haddad foi ríspido com uma mulher que o mandou “trabalhar” em Salvador. “A sra. está querendo aparecer”, reagiu.

Visitas à Folha Dráuzio Varella, médico e escritor, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço.

Wagner Erne, presidente da Philip Morris Brasil, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Mauricio Mendonça, diretor de assuntos corporativos, e Maria Cristina Duarte, gerente de comunicação corporativa.


TIROTEIO

Depois do PCC, matar policial virou status.Mesmo assim, PT, PC do B e PSOL igualam o PM da ronda escolar ao militar da ditadura.

DO DEPUTADO FEDERAL MAJOR OLIMPIO (PDT), defensor do projeto aprovado no Senado que transforma assassinato de policial em crime hediondo.


CONTRAPONTO

Metamorfose ambulante

Luiz Edson Fachin começou a cumprir tarefas burocráticas antes de tomar posse como ministro do Supremo, nesta terça-feira. Na última semana, o jurista entregou sua carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Paraná, que foi cancelada. Voando para Brasília, comentou:
–Não sou mais professor, nem advogado e ainda não sou ministro. Só sei que sou passageiro desse avião.
Ao resolver trâmites bancários para o novo cargo, em uma agência dentro do Supremo, ficou em dúvida quando o funcionário perguntou seu endereço.
–Posso colocar o endereço daqui?
Por cautela, deu o endereço de sua casa em Curitiba.