Para senadores, Dilma acena a movimentos sociais ao indicar Fachin
Para a torcida Senadores da base aliada consideram que, ao indicar Luiz Fachin para o STF (Supremo Tribunal Federal), a presidente Dilma Rousseff fez um movimento para se reaproximar dos movimentos sociais. Caso seu nome seja rejeitado no Senado, o governo deverá adotar o discurso de que a “direita conservadora’’ impediu a nomeação à corte do advogado, cuja trajetória é ligada à defesa da reforma agrária e dos direitos humanos, avalia o grupo.
Vai que é tua Para os congressistas, a prova de que Dilma acha que já fez a sua parte ao escolher Fachin é ela ter “terceirizado” para o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, a missão de convencer os senadores a aprovar o indicado, enquanto o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) saiu de cena.
Planície Ministros de tribunais superiores se disseram atônitos com grampos da Lava Jato que detectaram conversas de Benedito Gonçalves, do STJ, e menções a Dias Toffoli, do STF. Com ironia, afirmam que a Polícia Federal ignorou o foro privilegiado de direito ao Judiciário.
Reclames Mesmo sem ter ido à TV aberta, Dilma fez um discurso mais criticado no Twitter no 1º de Maio do que no Dia da Mulher —o último grande panelaço. Foram 70.516 tuítes agora, com #CalaBocaDillma, contra 63 mil com #VaiaDilma no 8/3.
Segunda tela Em volume total, o pronunciamento na TV gerou mais tuítes críticos do que os três vídeos on-line de Dilma no Dia do Trabalho. Impulsionada pela repercussão do panelaço, a aparição em março gerou 146.322 menções negativas, contra 91.470.
Infra O governo conta especialmente com a entrada de capital chinês no novo pacote de concessões que será lançado nas próximas semanas. Estatais do país se interessaram principalmente na construção de ferrovias.
Tente outra vez A CPI do HSBC no Senado tentará ouvir nesta terça, pela terceira vez, o presidente do banco no Brasil, André Guilherme Brandão. Caso ele postergue de novo, a comissão estudará transformar o convite para depor em convocação.
Barreira Ciro Nogueira (PP-PI) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) resistem à ideia de convocar Brandão.
Se a moda pega O governo paulista teme que a violência da polícia paranaense contra os professores acirre os ânimos da categoria em São Paulo, que também está em greve. Passou a monitorar os atos com mais atenção.
Nem me viu Auxiliares do tucano identificaram tentativa do PT de colar o caso a Alckmin. Recomendaram que o governador mantivesse distância da discussão.
Digital Petistas procuraram interlocutores de Alckmin para saber o quanto o governador estava envolvido na candidatura de Marta Suplicy, de chegada ao PSB, à prefeitura de SP. Ouviram que, apesar do aval à filiação, ela não é a candidata do tucano.
Fome Zero A amigos, Fernando Haddad chegou a expressar o desejo de não ser candidato à reeleição, segundo aliados. “Ele não tem apetite”, disse um petista próximo.
Saúde Haddad faltou aos três eventos do 1º de Maio em sua agenda. A interlocutores, avisou que estava gripado.
Mudança O ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira pediu à Justiça autorização para retirar “bens pessoais” de sua antiga mansão. Já lotou quatro carretos com itens como colchões, talheres e sofás.
Estes ficam Alguns objetos ainda não foram liberados, como um pedestal de mármore branco, uma bergère Niemeyer e um sofá verde dos irmãos Campana.
TIROTEIO
Aécio Neves manda pelos ares qualquer bastião de ética. Imaginem se Lula usasse o avião presidencial após sair do mandato?
DE EMÍDIO DE SOUZA, presidente do PT em São Paulo, sobre a denúncia de que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) usou aviões de Minas após deixar o governo.
CONTRAPONTO
Decime que se siente
Então presidente, Fernando Henrique Cardoso almoçou certa vez com o chanceler alemão, Helmut Kohl.
—Eu aqui, na Alemanha, me juntei à França. Tínhamos uma história de lutas, até que compreendemos que isso nos levaria à destruição. E fizemos com os franceses a União Europeia —lembrou o europeu, incentivando o Brasil a seguir seus passos.
— A Alemanha é mais forte, mais populosa. Você tem que fazer a mesma coisa com a Argentina! —sugeriu.
O presidente brasileiro agradeceu o conselho, mas logo pensou mentalmente que o colega alemão definitivamente não conhecia os argentinos.