Peemedebistas veem ato de 12 de abril como ‘divisor de águas’ para Dilma

Painel

PMDB de olho na rua Em almoço nesta quarta-feira do vice-presidente Michel Temer com deputados do PMDB foi feito um diagnóstico de que as manifestações contra Dilma Rousseff marcadas para 12 de abril serão um “divisor de águas” para o governo. Os peemedebistas disseram que, se os atos reunirem mais gente que os do dia 15, o já parco apoio ao Planalto no Congresso vai minguar. Para os deputados, as bancadas não estão dispostas a assumir o ônus de defender um governo sem respaldo popular.

Adjetivos Dilma e Renan Calheiros (PMDB-AL) se encontraram para tentar reconstruir pontes na semana passada. Quem ouviu um e outro depois da conversa diz que o objetivo fracassou.

Não é… Na conversa com Joaquim Levy (Fazenda), peemedebistas questionaram por que a presidente sancionou a renegociação da dívida de Estados e municípios se não havia recursos.

… comigo O ministro respondeu que a sanção ocorreu antes de ele entrar no governo, o que irritou os presentes. Ele e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, se desentenderam.

Goleada Deputados dizem que o placar da aprovação do projeto que exige a renegociação da dívida tira argumentos do Planalto para cobrar apoio ao ajuste fiscal.

Fui Carlos Lupi, presidente do PDT, tem dito a aliados que o partido deve entregar o Ministério do Trabalho até julho. Diz que o projeto de governo do PT “esgotou-se”.

Fantasmas O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou que assessores parlamentares têm se passado por deputados para votar e que, das próximas vezes, haverá punição.

Embaixada Aécio Neves (PSDB) se encontra nesta quinta em Lima com Lilian Lopez e Mitzy Ledezma, mulheres dos oposicionistas Leopoldo Lopez e Antonio Ledezma, presos pelo regime de Nicolas Maduro na Venezuela.

Me deixa Diante do retorno de seu nome à bolsa de apostas de nomeações, o ex-tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva, avisou a dirigentes do PT que voltou a dar aulas em uma faculdade particular e não quer assumir posto no governo.

Tá valendo O PSDB vai insistir em ouvir no Senado o ex-ministro Thomas Traumann, convidado para explicar texto que vazou sobre estratégia de comunicação.

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Vaquinha Enquanto seu tesoureiro vira réu na Lava Jato, o PT vai lançar campanha para que filiados contribuam com doações voluntárias mensais ao partido, como forma de prescindir de doações feitas por empresas.

Recurso O Sindicato dos Advogados de São Paulo vai representar nesta quinta-feira à Procuradoria Geral da República para pedir a abertura de inquérito contra Aécio Neves na Lava Jato. Rodrigo Janot recomendou que o tucano não fosse investigado.

Ele disse O texto diz que a citação a Aécio foi feita em depoimento de delação premiada do doleiro Alberto Youssef. “Não cabe tratar como elementos insuficientes as acusações sobrevindas daquele que tem o dever de falar a verdade”, diz a peça.

Faltou avisar Auxiliares de Geraldo Alckmin (PSDB) consideram que Herman Voorwald (Educação) subdimensionou o descontentamento da rede com a falta de reajuste salarial.

Só que não Em privado, o secretário vinha afirmando ao Palácio dos Bandeirantes que o bônus por mérito pago aos docentes, que chegaria a R$ 1 bilhão, fragilizaria o sindicato da categoria e esvaziaria o movimento grevista.


TIROTEIO

A CPI da Petrobras tem a obrigação de ouvir todos os convocados, senão fica parecendo que houve uma negociação de gaveta.

DO DEPUTADO RICARDO BARROS (PP-PR), sobre os mais de 30 requerimentos de oitivas feitos pelo subrelator André Moura (PSC), que investiga a Sete Brasil.


CONTRAPONTO

Medo, terror e pânico

Na última terça, o plenário do Senado discutia requerimento de Romero Jucá (PMDB-RR) para que o projeto de Lei do Terrorismo tramitasse em regime de urgência.
Após discussões, o senador Omar Aziz (PSD-MA) se antecipou à lei e definiu terrorismo por conta própria:
–Terrorismo é um ministro de Estado ligar para os senadores dizendo que o Levy vai se demitir se o Congresso derrubar o veto –afirmou, provocando risos.
O episódio a que se referiu foi o desabafo de Joaquim Levy (Fazenda) de se demitir caso o Congresso derrubasse veto de Dilma à prorrogação de subsídio de energia.