Apuração interna do governo de SP sobre cartel não avança há um ano

Painel

Operação-tartaruga A apuração interna da Corregedoria-Geral do governo Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o cartel que agiu no Metrô e na CPTM está estacionada há um ano. Desde fevereiro de 2014, quando o órgão divulgou seu último balanço público, não foi colhido nenhum novo depoimento nem foram abertas novas frentes de investigação, segundo atualização dos dados enviada pela corregedoria à coluna. No período, também não houve afastamento de funcionários de cargos de confiança.

Estático Em 2014 como agora eram 46 depoimentos colhidos, seis outros procedimentos abertos e seis agentes públicos afastados de cargos de confiança.

Outro lado Questionada, a corregedoria diz que o procedimento está em andamento com a realização de outras diligências e análise de documentos complementares, sem informar quais. Em relatório de 2014, o órgão dizia que aguardava remessa de documentos do Cade.

Caixa Depois da aprovação do passe livre estudantil na Assembleia, o governo paulista priorizará a autorização para obter financiamento de US$ 182,7 milhões para desapropriações da linha 18-Bronze do Metrô, no ABC.

Inflexíveis As centrais sindicais vão para nova reunião com o governo na próxima quarta-feira sem disposição de recuar no pedido de revogação das medidas provisórias que endurecem acesso a benefícios trabalhistas.

No voto Como acreditam que o Planalto também não vá ceder, apostam as fichas nos deputados e senadores. Antes do Carnaval, as centrais distribuíram panfletos para convencê-los da impopularidade das medidas.

Sem folia Joaquim Levy (Fazenda) passou o Carnaval em Washington, onde teve reuniões com integrantes do governo norte-americano, congressistas e executivos de multinacionais.

Bem na fita Levy se encontrou com o ex-embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, hoje conselheiro do secretário de Estado, John Kerry. Ouviu elogios ao pragmatismo do colega Armando Monteiro (Desenvolvimento), que esteve na cidade alguns dias antes.

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Vai que dá O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), brinca com a polêmica vitória da Beija-Flor com desfile patrocinado pelo governo da Guiné Equatorial. Se até uma ditadura investe no Carnaval para limpar a barra, a Petrobras deveria patrocinar um enredo para se livrar da mácula do petrolão que o PT lhe causou.

Vip 1 Vereadores paulistanos querem levar o presidente da SPTuris, Wilson Poit, para dar explicações sobre a política adotada para a distribuição de ingressos do camarote da Prefeitura no Carnaval do Anhembi.

Vip 2 Dizem que o presidente da empresa de turismo teve autonomia para distribuir 900 ingressos, e que integrantes da Câmara e do secretariado de Fernando Haddad não foram convidados.

Precursora O PT de Osasco encomendou uma pesquisa com os cenários para 2016. Foram ouvidas 600 pessoas no início de fevereiro. Os números foram desanimadores para o partido, que governa a cidade há dez anos.

Maré Tanto em caso de candidatura à reeleição do atual prefeito Jorge Lapas quanto com a possível volta do ex-prefeito Emidio de Souza, atual presidente estadual da sigla, os nomes do PT perderiam para o provável candidato do PSDB, Celso Giglio.

Folha, 94 A Folha completa hoje 94 anos.


TIROTEIO

Cunha investe em uma pauta homofóbica e contra liberdades individuais só para colocar uma cortina de fumaça sobre seus escândalos.

DO DEPUTADO JEAN WYLLYS (PSOL-RJ), sobre defesa de Eduardo Cunha (PMDB), citado na Lava Jato, de projetos como o Dia do Orgulho Heterossexual.


CONTRAPONTO

Cara fechada

Na semana anterior ao Carnaval, o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), participou de dois eventos para a entrega de viaturas da Polícia Civil para cidades do Estado. Em um deles, Alckmin estava acompanhado de Alexandre de Moraes, seu secretário de Segurança Pública, e do vereador paulistano Andrea Matarazzo (PSDB). Vendo o semblante de Moraes, o tucano brincou com o governador:

—É bom ter um secretário da Segurança sério!

Coincidência ou não, depois do comentário de Andrea, Moraes deu risada em todas as fotos.