‘The Economist’ cita comparação entre Eduardo Cunha e Frank Underwood

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Pedro Ladeira/Folhapress)

A comparação entre Eduardo Cunha, o novo presidente da Câmara dos Deputados, e o fictício Frank Underwood, de “House of Cards” –que desde a estreia da série, em 2013, circula pela política brasileira– agora ganhou as páginas da revista “The Economist”.

Intitulado “Aliados incômodos”, o texto da última edição da publicação britânica retrata a “vida difícil” que o peemedebista deve impor a Dilma Rousseff no comando da Casa.

“Na teoria, Cunha é um aliado do PT de Dilma. O vice-presidente, Michel Temer, é o comandante nacional do PMDB. O partido tem 6 dos 39 ministério no novo governo. Mas, como um congressista rebelde, o novo presidente da Câmara tem sido um incômodo para a presidente”, diz o texto.

Agora, na presidência da Câmara, Cunha pode “sentar em cima de projetos que não apoia” ou incentivar deputados a travá-los. O peemedebista se tornou um “rei do baixo clero”, resume a revista.

O artigo lembra que Cunha é dado “à articulação de bastidores” e “profundo conhecedor do Congresso”, o que, segue o texto, levou fãs brasileiros de “House of Cards” a compará-lo ao “inescrupuloso” Underwood –o deputado vivido por Kevin Spacey que inicia a série como presidente da Câmara norte-americana e acaba a segunda temporada no comando da Casa Branca.

Kevin Spacey como Frank Underwood em “House of Cards” (AP Photo/Netflix)