Aécio atua para rebater acusação de que aliado recebeu R$ 1 mi de Youssef

Painel

Direto na fonte O presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), entrou em campo para rebater a acusação de que o ex-governador de Minas Antonio Anastasia, um de seus principais aliados, teria recebido R$ 1 milhão a mando do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato. Aécio fez chegar ao advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, uma consulta sobre se o doleiro deu dinheiro a Anastasia. Nesta segunda-feira, a defesa do doleiro vai apresentar à Justiça uma petição isentando o tucano.

Canal A ponte entre Aécio e o advogado de Youssef foi feita por Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, criminalista próximo ao PT.

Tira-teima Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também procurou Figueiredo Basto em busca de informações sobre o depoimento de Youssef. Peemedebistas dizem que o advogado do doleiro relatou não haver menção a Cunha.

Sem chancela Aliados de Anastasia e de Cunha usam o mesmo argumento para defendê-los: o de que a Justiça não deu ao policial Jayme Alves Oliveira Filho o benefício da delação premiada.

Maestro 1 Os primeiros julgamentos de políticos envolvidos na Lava Jato serão comandados pelo próprio relator dos processos. Teori Zavascki preside a turma que vai julgar os parlamentares.

Maestro 2 Quando presidiu o STF, Joaquim Barbosa pautou parte do julgamento do mensalão, que relatava.

Inédito na TV Segundo o regimento do STF, os julgamentos das turmas não são transmitidos ao vivo nem podem ser gravados por emissoras de TV. Ministros pretendem rediscutir a regra graças à Lava Jato.

Na tela Só serão julgados pelo plenário, com transmissão pela TV Justiça, processos que envolvam presidentes do Senado ou da Câmara –o que pode ocorrer se Renan Calheiros (PMDB-AL) ou Eduardo Cunha, que disputam os postos, virarem réus.

Vem por aí Entre os processos que devem ir ao plenário do Supremo em 2015 estão a liberação de biografias não autorizadas, o poder de investigação do Ministério Público e a regra de distribuição de royalties do pré-sal.

Tropa unida O PT planeja um megaevento em Belo Horizonte para comemorar seus 35 anos entre os dias 6 e 10 de fevereiro. A ideia é reunir os caciques do partido, Lula à frente, para animar a militância e afinar o discurso.

Colheita Antônio Carlos Rodrigues (Transportes), Kátia Abreu (Agricultura) e Edinho Araújo (Portos) se reúnem na terça-feira para discutir um plano integrado de obras para ampliar a capacidade de escoamento da produção de soja brasileira.

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Em pedacinhos A Presidência da República abriu licitação para comprar uma fragmentadora capaz de destruir até 50 folhas de papel por vez, além de CDs e cartões de crédito. O preço máximo fixado é de R$ 18 mil.

Conexão 1 Desde que tomou posse na Câmara Municipal paulistana, em 2013, o secretário de Esporte do Estado, Jean Madeira, pagou a um assistente parlamentar filiado ao PRB R$ 1.000 mensais para fornecimento de computadores e impressoras.

Conexão 2 O dono da empresa de equipamentos, Alexander Santanna Antônio, trabalhou até maio no gabinete do vereador Atilio Francisco, também do PRB.

Outro lado A assessoria de Madeira diz que a contratação ocorreu antes da nomeação do assessor, após “pesquisa de mercado” em que a empresa apresentou “custo-benefício adequado”.


TIROTEIO

A boa notícia é que o PT admitiu que não entende de educação. A má é que, em vez de procurar estudar, optou por lotear as pastas.

DO VEREADOR ANDREA MATARAZZO (PSDB) sobre a escolha de Cid Gomes (Pros) para o ministério e Gabriel Chalita (PMDB) para a secretaria de Haddad.


CONTRAPONTO

Vida de gado

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) ouviu de Benedito Ruy Barbosa uma confidência: o teledramaturgo se inspirara nele para criar o senador idealista Roberto Caxias, interpretado por Carlos Vereza na novela “O Rei do Gado” (1996-1997), da Globo.
Quando o personagem, que defendia a reforma agrária e discursava para plenários quase vazios, morreu numa emboscada, Suplicy foi convidado para fazer uma ponta e participar do velório fictício.
–Meus pêsames… Deve fazer falta –dizia o parlamentar petista para os enlutados de mentirinha.