Alckmin desenha secretariado com vistas a 2018

Painel

2018 é logo ali Geraldo Alckmin (PSDB) estuda uma maneira de contemplar os presidentes nacionais de dois partidos aliados ao finalizar a montagem de seu secretariado: Roberto Freire (PPS) e José Luiz Penna (PV). O tucano busca um desenho que permita à dupla, que não se reelegeu, assumir a Câmara em 2015. O movimento tem em vista as eleições de 2018: amarrando os dois, Alckmin amplia sua influência nacional sobre os aliados, o que facilitaria a construção de sua candidatura à Presidência.

Fila indiana Para que Freire assuma o mandato, o tucano precisa chamar para seu secretariado quatro parlamentares da chapa, composta por PSDB, DEM e PPS.

Te quero verde O caso de Penna é mais complicado: como ele é segundo suplente, o partido precisaria resolver a questão interna, além de ter um deputado nomeado para a equipe de Alckmin. Se a ideia vingar, o mais cotado é Roberto de Lucena, que iria para a Secretaria do Turismo.

Mesa redonda O Palácio dos Bandeirantes tenta acertar para hoje as reuniões com os partidos aliados para definir a cota política do secretariado. Disso dependem os anúncios que o tucano pode fazer nesta sexta-feira.

Enfim, férias Andrea Calabi, secretário da Fazenda que está se despedindo do governo paulista, se diz feliz com a decisão do sucessor, Renato Villela, de tirar uma semana de férias após o início do período de transição.

Tudo azul Ele tomou essa decisão depois de se inteirar da situação das finanças de São Paulo. É sinal de que fiz bem o dever e que as coisas aqui estão em ordem, brinca o atual secretário.

Agora vai Na reta final do mandato, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se reuniu antes do Natal por 50 minutos com Joaquim Levy. Diz que o futuro ministro da Fazenda foi superatencioso ao ouvir explicações sobre a renda básica de cidadania.

Remédio… O tamanho da nova Cide, a contribuição sobre a gasolina cujo retorno é estudado pelo Planalto, ainda depende de cálculos que serão feitos pelo governo.

… ou veneno A equipe econômica já trabalha com uma inflação maior no primeiro trimestre de 2015, mas não quer exagerar na dose ao ampliar a carga tributária.

Trenó… Candidato à presidência da Câmara, Julio Delgado (PSB-MG) iniciou na semana do Natal suas viagens pelo país em campanha pelo cargo. O deputado pretende percorrer os Estados para reuniões com as bancadas.

… solitário Na primeira viagem, foi sozinho, em avião de carreira. O rival Eduardo Cunha (PMDB-RJ) usa jato custeado pelo partido.

Em casa Delgado fez seu primeiro encontro com deputados de Pernambuco, acompanhado do governador eleito, Paulo Câmara, e do prefeito de Recife, Geraldo Juilo. Aproveitou a visita para ver Renata, viúva de Eduardo Campos, e os filhos do casal.

Em tempo A bancada do PT na Câmara marcou reunião para a próxima sexta-feira, 2 de janeiro, dia seguinte à posse de Dilma Rousseff. Vai discutir estratégias para a candidatura de Arlindo Chinaglia à presidência da Casa.

Cadê? Integrantes da maior corrente petista, a CNB, se dizem preteridos em favor da Mensagem ao Partido na montagem do ministério de Dilma. “A maioria no partido é a minoria no governo”, queixa-se um parlamentar.

É dela Parte do grupo diz que Aloizio Mercadante (Casa Civil), apesar integrar a CNB, é um representante da presidente, e não da corrente.

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Bom velhinho Do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG): “Dilma prometeu que o Papai Noel traria a demissão da cúpula da Petrobras, PIB chinês e inflação suíça. Pena que Papai Noel não existe”‌.


TIROTEIO

O Ministério do Trabalho virou um cartório, sem poder algum. Se a estrutura ficar igual, de que vale mantê-lo funcionando?

DE JOÃO CARLOS GONÇALVES, secretário-geral da Força Sindical, em reclamação sobre a falta de poder do ministério junto às decisões do governo federal.


CONTRAPONTO

Me dá um dinheiro aí 

O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi abordado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) após o ato de posse de Aroldo Cedraz na presidência do Tribunal de Contas da União, no dia 10 de dezembro, em Brasília. O prefeito do Rio tinha engatado um papo com o colega de Salvador, ACM Neto (DEM).
—Levy! Vê se libera algum dinheiro para Salvador porque o Neto está precisando! —provocou Paes.
O substituto de Guido Mantega sorriu e seguiu direto até o carro.
—Ele ri e não diz nada. Não vai ser fácil tirar dinheiro dele! —brincou o prefeito carioca.