Sindicalistas do PSB se dizem muito preocupados com propostas de Marina
Linha de montagem Sindicalistas do PSB de Marina Silva se dizem “muito preocupados” com as propostas da candidata para a área trabalhista. Os aliados reclamam de dois pontos do plano de governo: a defesa de “ajustes” na CLT e o elogio à terceirização. “Há questões que não estão claras e preocupam enormemente os trabalhadores”, diz Nair Goulart, presidente da Força Sindical na Bahia. O coordenador sindical do PSB, Joílson Cardoso, reconhece que é preciso preencher “lacunas” do programa.
Depois a gente vê Marina teria encontro com líderes sindicais de seu partido amanhã. O compromisso foi adiado e não tem nova data.
Abriu, chutou Dilma Rousseff (PT) identificou nas propostas trabalhistas uma nova brecha para atacar a rival. Foi por isso que ela declarou ontem que não mexe na CLT “nem que a vaca tussa”.
Antes da hora Caciques do PMDB ficaram incomodados com a declaração do vice de Marina, Beto Albuquerque, de que é “impossível” governar sem o partido. A frase foi recebida como convite de casamento sem noivado.
Não me toque “Não é o momento de discutir isso. O PMDB faz parte de uma chapa e está disputando a eleição. Seria desrespeitoso”, reclama o líder da sigla na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
Providência divina O deputado, no entanto, desconversa sobre a possibilidade de negociação caso Marina seja eleita presidente: “O futuro a Deus pertence”.
Lista tríplice O ministro Moreira Franco (Aviação Civil) lembra que Eduardo Campos prometia, se eleito, despachar o PMDB para a oposição. “Eu não sei com que versão fico: a do Eduardo, a da Marina ou a do Beto…”
Olho na audiência Dilma recebe hoje as cúpulas da RedeTV!, do SBT, da Record e da Band. As emissoras pediram para apresentar sua parceria com a empresa alemã GfK, concorrente do Ibope.
De baixo para cima O PSDB recebeu pesquisas internas que indicam recuperação de Aécio Neves na região Sul. Turbinado pelos aliados locais, o tucano teria ultrapassado Marina no Paraná e em Santa Catarina.
Passa no caixa Na reunião de ontem com empresários da construção civil, o governo prometeu “corrigir o fluxo de pagamentos” de programas como o Minha Casa, Minha Vida. Ou seja: vai pagar em dia para evitar reclamações das empreiteiras.
Melhor não No encontro, um dirigente de associação do setor disse a Guido Mantega (Fazenda) que o governo precisa criar o Programa de Consolidação do Crescimento, o PCC. “Essa sigla não é boa”, retrucou o ministro.
Fora da tela No debate da CNBB, anteontem, Dilma caiu na risada quando Luciana Genro (PSOL) se irritou com Aécio. “Linha auxiliar do PT, uma ova!”, esbravejou a ex-deputada.
Esquerda, volver Roberto Amaral, o presidente do PSB, ficou entusiasmado com o desempenho da candidata do PSOL. “Marcou sua posição ideológica”, elogiou.
Azar no jogo Paulo Skaf (PMDB), que trata o PT como adversário e se recusa a fazer campanha para Dilma, ocupará o camarim número 13 no debate da Globo entre candidatos ao governo paulista.
Visita à Folha Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald, visitou ontem a Folha. Estava com Ana Claudia Nicolini, gerente de mobilização social do instituto, Hélio Muniz, diretor de comunicação do McDonald’s, e Zé Schiavoni, assessor de imprensa.
TIROTEIO
“Edison Lobão prometeu levar uma refinaria premium ao Maranhão. Não cumpriu e agora foi ‘premiado’ com uma delação.”
DE FLÁVIO DINO (PC DO B), candidato ao governo do Maranhão, sobre a menção a Edison Lobão (Minas e Energia) na delação de Paulo Roberto Costa.
CONTRAPONTO
No escurinho do Congresso
Frustrada com o silêncio de Paulo Roberto Costa, a oposição tentou convencer o presidente da CPI da Petrobras, Vital do Rêgo (PMDB-PB), a convocar sessão secreta. Longe das câmeras, ele poderia ceder e abrir o jogo.
—É evidente: na sessão aberta, não teremos nenhuma informação. Na sigilosa, há uma tentativa —disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
O governista Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) protestou:
—Ele já disse que não fala, a não ser que queiram torturá-lo. Não sei que prática vai ser adotada secretamente…
A sessão continuou aberta, e o delator, de bico calado.