Marina desautoriza PSB e veta doações de empresas de álcool e tabaco
O veto de Marina Fortalecida pelas pesquisas que agora a apontam como favorita na corrida presidencial, Marina Silva desautorizou o tesoureiro do PSB, Márcio França, que declarou não se importar com a origem das doações da campanha. Ela reuniu seus arrecadadores e reafirmou o veto a contribuições de empresas de álcool, tabaco, armas e agrotóxicos. Embora o deputado continue à frente do comitê financeiro, o homem de confiança de Marina é o executivo Alvaro de Souza, ex-presidente do Citibank.
Sola de sapato Marina tenta ampliar sua presença no meio sindical. Criou um comitê específico para o setor e pedirá votos na porta de uma fábrica em setembro. Ela já contabiliza aliados nas centrais UGT, CTB e CGTB.
Replay Hoje o programa de TV da candidata será dedicado ao ato que lançou ontem seu programa de governo. Com apenas 2 minutos, a equipe da ex-senadora quer investir em formato mais parecido com o jornalístico.
Rede o quê? O nome do novo partido idealizado por Marina ainda não está na cabeça dos aliados. O presidente do PPS, Roberto Freire, chamou a Rede Sustentabilidade de Rede Solidariedade. Ele se corrigiu em seguida.
Barrado no baile Citado pela presidenciável como símbolo da “nova política”, o veterano Pedro Simon (PMDB-RS) foi barrado do palco do evento. “Senador é na plateia”, disseram a ele.
Política do coque O marketing de Marina exagerou na despolitização nas redes sociais. A campanha pediu, no Facebook, que os eleitores publiquem fotos com o cabelo preso em coque para demonstrar apoio à candidata.
E o resto? “O penteado usado por Marina é o look preferido de muita gente”, diz a publicação do comitê. Alguns eleitores reclamaram. “Cadê as propostas?”, questionou a goiana Sara Andrade. A reclamação foi apoiada por outros 200 internautas.
Olha eu aqui Até Celso Russomanno (PRB) tenta tirar casquinha do programa do PSB, que promete a criação de um código de defesa do cidadão. “O serviço público está enquadrado no código do consumidor. É minha luta há anos”, diz ele.
Minha gente O site “Seja Dita Verdade”, que apoia Dilma, divulgou ontem um vídeo que compara falas de Marina em 2014 ao discurso de Fernando Collor em 1989. Os dois aparecem prometendo “o novo” na política.
Congelamento O site diz ainda que “o homem que disse a Collor para confiscar a poupança dos brasileiros está com Marina Silva”. O alvo é o economista André Lara Resende, que também integrou a equipe do Plano Real.
Só que… Desde a campanha de 2010, Collor apoia Dilma com entusiasmo. O ex-presidente se tornou um fiel aliado de Lula, seu adversário na primeira eleição direta depois da ditadura e principal líder político da campanha pelo impeachment.
Vote em mim O deputado Miro Teixeira (Pros-RJ) promete sair em campanha para presidente da Câmara no dia seguinte à eleição. Se conquistar o 11º mandato, ele se tornará o parlamentar mais mais antigo da Casa.
Corrida ao Senado O petista Eduardo Suplicy desafiou o rival Gilberto Kassab (PSD) a disputar uma corrida de 6 km em Heliópolis. Segundo ele, o ex-prefeito disse estar preparado para a prova.
Visita à Folha O presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Luis Terepins, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Justo Werlang, vice-presidente, e Marcy Junqueira, assessora.
TIROTEIO
“Marina se perde ao dizer que vai governar com os melhores de PT e PSDB. Ela tem de dizer qual é o seu time, se é que ela tem um.”
DE LUIZ MARINHO (PT), coordenador da campanha de Dilma Rousseff em São Paulo, sobre discurso de Marina Silva de que governará com todos os partidos.
CONTRAPONTO
O dever de casa dos sonháticos
Ao lançar ontem o seu programa de governo, a presidenciável Marina Silva lembrou que, diante dos impasses entre PSB e Rede, ela e Eduardo Campos resolveram dividir os capítulos ao meio: uma parte para cada grupo.
—Aí o Eduardo disse: “Nós estamos parecendo aluno que não faz o dever de casa direito e divide os capítulos!”
A candidata, que é professora, respondeu a Campos que isso não significava que cada um faria só a sua parte.
—E o Mauricio (Rands) e a Neca (Setubal) ficavam nos ingresiando para entregar logo —lembrou, referindo-se à pressão dos aliados que coordenam o programa.