Novo vice de Marina tenta estancar sangria em palanques do PSB

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O vice entra em campo O novo vice na chapa presidencial do PSB, Beto Albuquerque, iniciou uma operação para tentar conter a sangria nos palanques de Marina Silva. O deputado já procurou aliados de Eduardo Campos em quatro Estados rebelados: Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Alagoas. Todos ameaçam se afastar por discordâncias com a ex-senadora. “Em Alagoas, temos uma chapa adversária de Renan e Collor. Estamos tirando as raposas, não sei por que Marina não iria lá”, diz o vice.

Fica comigo Albuquerque almoçou ontem com o governador Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes. Em nome do PSB, disse ao tucano que a aliança em São Paulo segue firme, apesar da entrada de Marina na cabeça da chapa presidencial.

Eu não fico Recém-alçada à coordenação da campanha, a deputada Luiza Erundina (PSB-SP) ainda considera “um equívoco” o apoio a Alckmin. “É um erro contra o qual me insurgi, mas não houve jeito”, protesta.

Fadiga de material A ex-prefeita diz não ter “nada pessoal” contra o tucano, mas afirma que o projeto político que ele representa está “esgotado”. A expressão ecoa o discurso do PT paulista.

Melô da Marina O novo jingle da presidenciável, gravado ontem, recicla o bordão “Não vamos desistir do Brasil”. A música faz referência direta a Eduardo Campos: “Eu, você e Marina estamos juntos com a força de Eduardo e com a garra do Brasil”.

Lanche feliz O PSB já começou a adaptar cada detalhe da campanha à nova candidata. Ontem, o café da manhã e o almoço da equipe obedeceram às rígidas restrições alimentares de Marina.

Tragédia As investigações da Polícia Federal sobre a queda do avião de Campos indicam até agora que a causa mais provável foi falha humana. Os pilotos teriam conduzido o jato “além do limite”, segundo um agente.

Saga mineira Os próximos programas de TV de Aécio Neves (PSDB) vão reforçar a biografia e a gestão do senador em Minas Gerais para diferenciá-lo de Marina. Serão destacados projetos nas áreas de educação e saúde, além de programas sociais.

Apelo às bases O comitê de Dilma Rousseff (PT) apostará em uma série de inserções de TV dizendo que as gestões petistas alçaram a população mais pobre ao ensino técnico e à casa própria. A mensagem é que esses grupos eram “invisíveis” nos governos anteriores a Lula.

Faltou a deixa Na entrevista relâmpago de ontem, o “Jornal Nacional” não deu espaço para o nanico Levy Fidelix (PRTB), eterno candidato ao Planalto, falar de seu projeto preferido: o aerotrem.

Cadeira vazia A campanha de Alckmin ficou preocupada com o risco de ele faltar ao debate de hoje na Band, após ser internado com uma infecção intestinal. O medo era passar a imagem de que o governador “fugiu”.

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Plantão médico “Se tiver uma possibilidade de ele ir, e se precisar, ele vai de maca”, brinca o marqueteiro Nelson Biondi. A decisão será de David Uip, secretário de Saúde e médico do governador.

Localizado Alexandre Padilha, o candidato do PT, não deve abusar da agressividade neste primeiro debate. Estrategistas dizem que ele tentará se diferenciar de Paulo Skaf (PMDB) ao atacar o governo, não o governador.

Direto Tucanos esperavam atuação semelhante de Skaf, mas prepararam Alckmin para ataques depois das propagandas em que o peemedebista disse que faltava “tesão” ao adversário.


TIROTEIO

“O PT insiste na técnica do pega ladrão: fala do governo Alckmin, mas foi ele que precisou expulsar um filiado porque era ligado ao PCC.”

DO DEPUTADO ESTADUAL ORLANDO MORANDO (PSDB-SP), sobre críticas à política de segurança de Geraldo Alckmin levadas ontem à televisão pelo PT.


CONTRAPONTO

Getúlio, mas pode chamar de Tony

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirma que o “vírus de historiador” volta e meia o ataca na campanha. Na quinta-feira, em corpo a corpo no centro do Rio, ele falava dos 60 anos da morte de Getúlio Vargas quando foi abordado por um jovem desavisado:

— Ué, mas ele não participou de um filme há pouco tempo? —perguntou o rapaz, que não deu o braço a torcer. — Eu vi o cartaz, é aquele cara da Friboi!
Diante da confusão com o ator Tony Ramos, que viveu o presidente no cinema, o político lembrou os tempos de sala de aula e deu uma rápida aula de história.