Novo presidente do STJ promete frear viagens internacionais de colegas
Freio de arrumação O presidente eleito do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, deve sacudir a corte com uma série de medidas após tomar posse, no próximo dia 1º. Ele promete dar freio às viagens internacionais de colegas e apurar quanto a atual gestão gastou em passagens e diárias no exterior. Além disso, vai desalojar um salão de beleza e uma academia de ginástica que funcionam na sede da corte, em Brasília. “Isso não era nem para existir. Tribunal não é lugar de salão de beleza”, critica.
Tudo meu Falcão quer transferir o gabinete da presidência do oitavo para o nono andar, onde funcionam a academia e o salão que promete extinguir. “O espaço está subutilizado com coisas fúteis e passará a ser mais bem aproveitado pelo tribunal”, diz.
Rádio corredor O ministro conta que se irritou ao ser questionado por colegas sobre o rumor de que instalaria um elevador panorâmico no prédio. “Isso não existe. Não farei obra nenhuma. Vou deslocar móveis que já existem e, no máximo, colocar algumas divisórias nos gabinetes.”
Origens Falcão considera que causou incômodo nos últimos anos como corregedor do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Em abril, ele instalou investigação para apurar suspeita de abuso em viagens de ministros do STJ e suas esposas ao exterior. O caso foi arquivado sem punições.
Mudanças A partir de setembro, só o presidente e o vice terão autorização para viajar com despesas pagas pelo tribunal. “Vou divulgar tudo no Portal da Transparência, inclusive as viagens feitas nos últimos anos”, anuncia o novo chefe da corte.
Empacou Apesar de ter passado por São Paulo em quatro dos seis últimos dias, Dilma Rousseff segue preocupada com sua campanha no Estado. Análises feitas para o PT não veem melhora no cenário eleitoral ou na imagem da presidente desde junho.
Na gaveta As pesquisas qualitativas do partido afirmam que o noticiário sobre o uso de verba pública no aeroporto de Cláudio (MG) machucou “de leve” a imagem de Aécio Neves (PSDB). O comitê de Dilma agora estuda formas de reavivar o caso na propaganda de TV para ampliar o desgaste do tucano.
Leite derramado Abatidos pelo caso Petrobras, petistas lamentam não ter indicado ao Tribunal de Contas da União ministros mais alinhados ao partido. Dos 9 titulares, 7 foram nomeados nos governos Lula e Dilma.
Entre as pernas A escolha mais lamentada é a de José Jorge, ex-senador do PFL (atual DEM), visto hoje como carrasco do Planalto. Em 2008, quando o governo tinha maioria no Senado, ele venceu disputa contra Leomar Quintanilha (PMDB).
Na seca A campanha de Alexandre Padilha, o candidato do PT ao governo paulista, gravou depoimentos de eleitores que sofrem com a falta d’água no Estado. A ideia é mostrar o problema a quem continua com o abastecimento regular em casa.
Tudo junto… A Secretaria dos Transportes Metropolitanos produziu parecer contrário à criação de vagões exclusivos para mulheres no Metrô e na CPTM, a companhia paulista de trens.
… e misturado Além de criticar a segregação, a pasta vê dificuldades para implantar a medida por causa do volume de passageiros. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem de sancionar ou vetar o texto nesta semana.
Menina do Rio Ciumeira à vista no PT do Rio. A ministra Marta Suplicy (Cultura) gravou vídeo pedindo voto para a deputada Jandira Feghali, do PC do B.
TIROTEIO
“Faz 20 anos que o PSDB não permite uma investigação sobre corrupção no governo do Estado. Daremos satisfação aos paulistas.”
Do deputado Renato Simões (PT-SP), sobre a instalação da CPMI no Congresso para investigar acusações de cartel em contratos de transportes.
Sem pausa para o cafezinho
Com uma fatia magra do tempo de TV, o presidenciável Eduardo Campos (PSB) tenta aproveitar ao máximo cada chance de se exibir neste início da campanha. Na sabatina da CNI (Confederação Nacional da Indústria), na semana passada, o presidente da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, fez uma pergunta enquanto o candidato terminava de dar um gole em uma xícara.
—Desculpe, estava tomando um cafezinho —disse ele.
—Pode terminar —respondeu o executivo.
—Mas aí eu perco os meus minutos… —devolveu Campos, provocando risos na plateia.