Se eleito, Campos aumentará preço de combustíveis depois da posse
Pressão na bomba Se for eleito presidente, Eduardo Campos (PSB) vai aumentar o preço dos combustíveis e da energia pouco depois da posse. Quem afirma é Alexandre Rands, responsável por seu programa de governo para o setor. “Campos se compromete a reajustar o preço da gasolina. É essencial dar uma sinalização ao mercado”, diz o economista. “Se a gasolina estiver cara, teremos que economizar em outras áreas.” O candidato acusa o governo de congelar preços, mas tem evitado anunciar um tarifaço.
Porteira aberta Rands diz que o aumento da energia é necessário e que o PSB não dará subsídio para evitá-lo. “O reajuste necessário e calculado será aplicado. O que faremos é uma reforma para baratear os custos depois.”
Culpa dela O aliado de Campos acusa Dilma Rousseff (PT) de segurar os preços para conter artificialmente a inflação. “Se ela for leal com o país, deve reajustar a gasolina depois da eleição.”
Muita calma Adriano Pires, da campanha de Aécio Neves (PSDB), adota discurso mais cauteloso. Defende uma fórmula de aumento clara, que garanta “previsibilidade” ao mercado, mas diz que um reajuste imediato seria uma medida “pobre”.
Rico dinheirinho Um aliado de Aécio se entristeceu ao saber que o tucano devolverá o salário do Senado durante a campanha: “Lá vou eu ter que abrir mão do meu salário também”, conformou-se.
Vida breve Apesar da sindicância no Senado, a avaliação no Congresso é que a polêmica dos depoimentos combinados na CPI da Petrobras não sobrevive a esta semana.
Não vou ficar Amanhã os parlamentares voltam a deixar Brasília para fazer campanha. Com isso, não sobrará ninguém para apurar o caso.
Plenário de bolso No retorno à Câmara, deputados se espantaram ao serem conduzidos ao auditório que substitui o plenário em obras. No espaço acanhado, um carioca disse se sentir de volta à Câmara Municipal.
Fila da sopa O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), reclamou dos poucos postos de votação instalados no auditório. “Se houver votação nominal, vamos ficar horas aqui…”
Cara e crachá Ao adentrar o plenário do Senado na volta do recesso, Katia Abreu (PMDB-TO) se espantou com um desconhecido presidindo a sessão. “Quem é esse? Onde estou?”, perguntou.
Famoso quem O senador anônimo era Antônio Aureliano (PSDB-MG), suplente que assumiu o lugar de Clésio Andrade (PMDB-MG).
Padrinho eterno Lobão Filho (PMDB) deve usar uma mensagem de apoio de José Sarney logo no primeiro programa de TV de sua campanha ao governo do Maranhão.
Onde dá O PT direciona esforços na Câmara paulistana para criar ainda esta semana uma CPI sobre a Sabesp e, assim, fustigar a gestão Geraldo Alckmin (PSDB).
Bom aluno Um petista próximo a Lula notou que, desde a bronca em Fernando Haddad, o prefeito tem ido mais à periferia de São Paulo.
Diretor de arte Ontem, Lula opinou até sobre a cenografia da panfletagem da campanha de Alexandre Padilha, seu candidato em São Paulo. Posicionou sindicalistas e definiu o lugar com melhor iluminação para o ato.
Visita à Folha David Carr, colunista de mídia e cultura do “New York Times”, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Gardênia Vargas, assessora de imprensa da editora Record.
TIROTEIO
“A rejeição de Dilma em SP é tamanha que ela foi ao Estado e preferiu não chamar Padilha. É a versão petista de ‘Esqueceram de Mim’.”
DO DEPUTADO FEDERAL VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP), sobre a visita feita por Dilma Rousseff a Guarulhos sem a companhia do candidato petista ao governo.
CONTRAPONTO
Como manda o figurino
Deputados e senadores só pensam em campanha, mesmo durante a semana de esforço concentrado no Congresso. Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) entrou no cafezinho do Senado ontem com um vestido amarelo e um sapato com detalhes em azul —cores do PSDB.
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), candidato ao governo do Estado, deixou escapar:
—Senadora, a sra. está com as nossas cores, já pode votar no PSDB!
—Nada disso! Vou agora para casa trocar de roupa! —rebateu Vanessa.