Deputados desistem de reeleição e desfalcam campanha de Alckmin
Desfalque nas ruas Apesar da liderança folgada nas pesquisas, a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) teme que o enfraquecimento da chapa de candidatos a deputado da sigla prejudique o tucano. O partido prevê dificuldades por não ter conseguido substitutos com o mesmo potencial de oito deputados federais que tiveram votações expressivas em 2010, mas desistiram de disputar a reeleição. Em municípios como Guarulhos, o segundo maior do Estado, o PSDB ficou sem concorrente.
Pedra dura Carlos Roberto de Campos, o deputado tucano da cidade, diz que desistiu de disputar a reeleição porque não tem “vocação para o Legislativo”. Mas promete pedir votos para o partido.
Show do milhão Para a cúpula da campanha tucana, Celso Russomanno (PRB) será o deputado mais votado, com um milhão de votos. Como seu partido não se coligou na disputa à Câmara, nenhuma outra sigla se beneficiará da votação expressiva.
Cacareco Dirigentes do PR avaliam que Tiririca não deve repetir a votação de 2010, quanto teve 1,3 milhão de votos e ajudou a eleger outros três deputados da chapa encabeçada pelo PT. A aposta é de cerca de 400 mil votos.
Trair e coçar A campanha de Alckmin pediu aos 44 coordenadores regionais que mapeiem possíveis dissidentes de siglas rivais no interior do Estado. Quer atraí-los para o time do governador.
Mais uma chance O ministro Gilmar Medes, do Tribunal Superior Eleitoral, devolveu provisoriamente o mandato do prefeito de Americana, Diego de Nadai, após o presidente da corte, José Antonio Dias Toffoli, ter negado o pedido do tucano.
Vai que dá A defesa aproveitou que Mendes assumiu a presidência do tribunal interinamente para reapresentar o pedido. O advogado do prefeito tucano, Anderson Pomini, diz que, caso o plenário mantenha a cassação, pretende recorrer ao Supremo.
Quebra-cabeça A Transparência Brasil vai abrir suas bases de dados para interessados em desenvolver aplicativos sobre as candidaturas destas eleições e o funcionamento do Congresso. Fará um concurso no fim do mês.
Falha nossa Caciques do PT preveem que Dilma Rousseff terá mais dificuldades do que esperava em Estados estratégicos, devido à pulverização de sua base nas coligações regionais. A sigla vê erros na formação de alianças, que permitiram a “fuga” de aliados para o campo tucano.
Anabolizado Um dos pontos de preocupação é Minas, onde Pimenta da Veiga (PSDB) já empatou com Fernando Pimentel (PT). O tucano ainda terá vantagem no tempo de TV, pois conseguiu atrair partidos governistas como PP, PSD, PDT e PR.
Sem urna Enquanto Aécio Neves (PSDB) prepara adesão a uma campanha de incentivo ao voto, o PT publicou ontem em sua página no Facebook orientações para os eleitores que precisarem justificar sua ausência.
Intensivo 1 Marina Silva vai reforçar nos próximos 20 dias seus discursos e mensagens em redes sociais para justificar a aliança com Eduardo Campos (PSB).
Intensivo 2 Decepcionados com o desconhecimento da união da dupla, aliados querem que o assunto esteja superado quando a propaganda eleitoral começar.
Aqui não pode O cerimonial do Planalto ficou em pânico ao ver candidatos à Câmara circulando em evento no palácio com adesivos de campanha. Um militar usava um colete a prova de balas com seu número de urna.
TIROTEIO
“Ninguém cobra de Haddad uma revolução. O que os paulistanos querem é trabalho e competência, o que ele já demonstrou não ter.”
DO DEPUTADO ROBERTO FREIRE (PPS-SP), presidente da sigla, sobre entrevista em que o prefeito diz que São Paulo quer uma ‘revolução sem mudar nada’.
CONTRAPONTO
Fugindo do holofote
Ao se preparar para uma entrevista coletiva que concederia ontem, Arthur Chioro, o ministro da Saúde, reclamou aos jornalistas da iluminação que acompanhava as câmeras de TV.
—Essa luz aqui me mata, tenho fotofobia – justificou.
—Então tem que usar óculos escuros o tempo todo, né? – sugeriu uma repórter.
Chioro acenou positivamente, mas fez uma ressalva:
—Político, se botar óculos escuros, fica com cara de bandido, né? É um problema… — disse bem humorado, provocando gargalhadas.