Cardozo anunciará integração policial semelhante à da Copa
Segurança e voto O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) anunciará na sexta-feira a criação de centros de comando permanentes em todos os Estados, nos moldes dos montados em cidades-sede da Copa. A promessa é integrar polícias estaduais, Polícia Federal e Forças Armadas para reforçar a fiscalização das divisas. Adotada na reta final do governo, a medida servirá como vacina eleitoral. A oposição responsabiliza o governo federal pela entrada e circulação de drogas e armas no país.
Tudo integrado A proposta será apresentada em reunião do ministro com secretários de Segurança dos 12 Estados que sediaram o Mundial. O projeto já foi discutido no comitê de Dilma Rousseff.
Prioridades Alguns Estados que não receberam jogos da Copa sofrem com problemas mais básicos na segurança pública. No Maranhão, por exemplo, a PM cruzou os braços em abril para pedir reajuste salarial de 12%.
Efeito colateral O debate sobre divisas e fronteiras deve ressuscitar promessa de Dilma, na eleição de 2010, de comprar 14 veículos aéreos não-tripulados. A meta não foi cumprida pelo governo, que só adquiriu dois.
Chuva… Dilma e o presidente da China, Xi Jinping, assinam amanhã um protocolo milionário na área de infraestrutura. Os chineses querem investir na construção de ferrovia que ligará Mato Grosso ao Pará, com saída pelo porto de Barcarena.
… de yuans O governo considera o porto paraense um ponto estratégico de escoamento da produção de soja do Norte do país.
Nos tribunais Até o fim da semana, a campanha de Aécio Neves (PSDB) promete acionar Dilma ao menos mais uma vez no Tribunal Superior Eleitoral. Em entrevista à rede de TV Al Jazeera, ela disse, na condição de presidente, que merece a “oportunidade de um novo governo”.
Deixa pra lá Aécio está medindo palavras para evitar atritos com aliados em seu novo site. Publicou um gráfico para mostrar que Minas Gerais tem o melhor indicador do Sudeste em esperança de vida ao nascer, mas omitiu que o Rio, de Luiz Fernando Pezão (PMDB), tem o pior.
Pede… Após a sabatina de Eduardo Campos, a socialite Maria Christina Mendes Caldeira, ex-mulher de Valdemar Costa Neto, procurou o presidente do PSB paulista, Márcio França. Queixou-se de falta de apoio e perguntou como fazer para retirar sua candidatura à Câmara.
… para sair “É só mandar uma cartinha”, respondeu França, em tom de ironia e dedilhando no ar. “Também posso ir à imprensa”, devolveu a socialite. O deputado marcou outra conversa hoje.
Atleta Paulo Câmara (PSB), o candidato de Campos em Pernambuco, é tão desconhecido que só agora sua equipe descobriu que ele foi campeão de natação na juventude. As medalhas devem ser exploradas na campanha.
Bom garoto O primeiro jingle de Câmara, um rap, frisa que ele é “casado e pai de família”. A música usa gírias pernambucanas para vendê-lo como um administrador firme: “O cabra é rochedo!”
Berço José Serra (PSDB) e Gilberto Kassab (PSD), hoje rivais na disputa pelo Senado, terão marqueteiros com currículo em comum: PC Bernardes e Felipe Soutello já atuaram com Luiz Gonzalez.
Homenagem Os vereadores de São Paulo batizaram uma nova avenida na zona sul com o nome do ex-ministro Luiz Gushiken, que morreu em 2013. O projeto, de Antonio Donato (PT), foi sancionado na última sexta-feira.
TIROTEIO
“Com um vice desconhecido, tive 16 milhões de votos. Se chegar a tanto, Campos terá de dizer se foi ele ou Marina quem recebeu a votação.”
DO DEPUTADO ANTHONY GAROTINHO (PR-RJ), em resposta a Campos, para quem o PSB teve um programa melhor que o candidato ao Planalto em 2002.
CONTRAPONTO
O que discute a bancada da bola
Pouco antes da Copa, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) iniciou um debate sobre a destinação de recursos da Timemania com uma saudação aos cartolas presentes. Ao mencionar o deputado estadual Roberto Dinamite (PMDB-RJ), lamentou uma derrota recente do Atlético Goianiense, do qual é vice-presidente, para o Vasco.
—Não gostei da sua vitória, não. Fiquei chateado!
—Se for por esse motivo, eu só voto quando o Botafogo voltar a ganhar —brincou Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Arantes devolveu:
—Aí é que não vai ter votação mesmo!