Campanha de Alckmin terá mote ‘Aqui é São Paulo’; Serra é chamado a falar

Painel

Espírito de 32 O governador Geraldo Alckmin vai apelar ao orgulho paulista no lançamento de sua campanha à reeleição, neste domingo. Com o mote “Aqui é São Paulo”, ele investirá na ideia de que o Estado é mais bem sucedido que o resto do país. Os tucanos ocupam o Palácio dos Bandeirantes desde 1995 e precisam convencer o eleitor a mantê-los no poder por mais quatro anos. José Serra foi convidado a discursar, mesmo que não seja candidato ao Senado. A presença de FHC não está confirmada.

Pé na cozinha Para combater a pecha de elitista, o partido escalou líderes de grupos que representam minorias, como o Tucanafro e o PSDB Mulher, para fazer os primeiros discursos da festa.

Mudança de plano O jingle repetirá: “São Paulo avança sempre, avança sem parar”. A versão original dizia “inova”, mas foi trocada para evitar ações na Justiça Eleitoral. O termo já apareceu em propagandas do governo.

De casa Ex-secretário de Planejamento de Alckmin, o deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) coordenará o plano de governo do tucano.

Seguro-vaia Aécio Neves usará a convenção do PSDB de Goiás para justificar sua ausência do Mineirão amanhã, no jogo Brasil x Chile. Dilma Rousseff foi hostilizada na abertura da Copa.

Engole o choro Eduardo Campos e Marina Silva fizeram pacto para não agravar a crise entre PSB e Rede pela retirada de candidatos a governos estaduais. A vice indicou que conterá a birra de seu grupo contra a elástica política de alianças do partido.

Muito romântico Do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), candidato a governador do Rio: “O PR e o Pros não fizeram nenhuma suruba ou bacanal. Nossa aliança é republicana e feita no amor”.

Só pensa naquilo Aliados de Gilberto Kassab dizem que sua prioridade na eleição paulista é manter a bancada de deputados federais do PSD. Ela é quem determinará a divisão do tempo de TV e da verba do fundo partidário.

Dupla caipira Os sertanejos Sérgio Reis e Sula Miranda, a rainha dos caminhoneiros, serão candidatos à Câmara pelo PRB de São Paulo.

Clube do bolinha O PT, que se orgulha de chamar Dilma Rousseff de “presidenta”, está com dificuldade para lançar mulheres nesta eleição. Em cinco Estados, o partido não terá nenhuma candidata a deputada federal.

Mulher não pode O caso que mais chama atenção é o de Pernambuco, onde a sigla prevê lançar 13 candidatos à Câmara. Todos homens.

Inclua-me fora Em Alagoas, só um petista se animou disputar cadeira de deputado. Por decisão de Lula, o partido apoiará Renan Filho (PMDB) ao governo e Fernando Collor ao Senado (PTB).

Alves

Feira livre O Supremo Tribunal Federal prevê gastar até R$ 87 mil na compra de frutas para o lanchinho de seus 11 ministros. A licitação, marcada para o dia 2, abastecerá a corte durante um ano.

A freguesa escolhe O edital prevê a aquisição de 33 variedades de frutas. Só de caqui, serão três tipos: chocolate, fuyu e rama forte, somando 420 kg. Também serão comprados 3.600 cocos verdes e 840 kg de melancia. O banquete tropical é servido nos intervalos das sessões.

Errei, sim O deputado estadual paulista Edmir Chedid (DEM) vai substituir o projeto que copia lei de política cultural da Bahia. Ele diz que mandou o texto ao “Diário Oficial” por engano e ainda arrisca piada: “Sabe como é, na cultura a Bahia tem dado um banho em São Paulo”.


TIROTEIO

“Ao fixar os pobres longe do centro, o Plano Diretor faz o jogo que interessa a tubarões da indústria imobiliária em São Paulo.”

DO VEREADOR GILBERTO NATALINI (PV), sobre projeto do prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT), que regulariza favelas a 50 km de carro da praça da Sé.


CONTRAPONTO

Tempo de Dondon

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, David Uip, decidiu ir de trem à partida entre Uruguai e Inglaterra no Itaquerão, na semana passada. Sentado no “Expresso da Copa”, o infectologista —que é médico de celebridades e políticos— reparou em um sujeito que não desgrudava os olhos dele. Pouco antes da chegada à estação, o rapaz abordou Uip:

—Eu conheço o senhor…

—É mesmo? De onde?—quis saber o secretário.

—O senhor não costumava jogar futebol de várzea aqui em São Paulo?