Na TV, DEM diz que Dilma ‘perdeu o bonde da história’

Vera Magalhães

Em seu programa de TV que vai ao ar nesta quinta-feira, o DEM usa o desejo de mudança da população, expressado em pesquisas como a mais recente do Datafolha, para acusar o governo Dilma Rousseff de ter perdido o “bonde da história”.

“Estamos ficando para trás”, diz o presidente da sigla, senador José Agripino (RN). Um dos únicos partidos já fechados com o presidenciável tucano Aécio Neves, o DEM não faz menção ao mineiro, mas cumpre para ele o papel de dedicar os dez minutos da propaganda para criticar a gestão de Dilma.

O slogan martelado várias vezes na peça diz que, neste governo, “nada acontece”.

A crise da Petrobras e as denúncias de irregularidades na empresa ocupa boa parte da peça do DEM. A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, é comparada à aquisição de um carro velho pelo preço de “dois carros novos, de luxo, zerinho”.

Com poucos candidatos majoritários competitivos, o DEM escolheu dois para exibir na TV: Paulo Souto, ex-governador da Bahia, e Cesar Maia, ex-prefeito do Rio, ambos candidatos a governador em outubro.

Apesar de não fazer uma crítica explícita aos programas sociais e de distribuição de renda dos governos do PT,  o DEM exibe um rapaz de classe média que diz que nunca recebeu “nada de ninguém”, e que tudo que tem se deve ao seu esforço. O PT tem usado o risco de, se a oposição vencer, os programas sociais acabarem.