Rede rebate manifesto do PSB paulista em defesa de Alckmin

Paulo Gama

A seção paulista da Rede reagiu ao manifesto do PSB em defesa da reeleição de Geraldo Alckmin e disse que não considera como “opção preferencial” a autonomia de cada um dos grupos no suporte às candidaturas no Estado.

Ontem, o PSB apresentou um manifesto em que defende que a Rede declare seu apoio a “qualquer candidato” para que os pessebistas fiquem livres para apoiar o tucano. O texto diz também que a solução tem apoio do coordenador da Rede em São Paulo, Célio Turino.

“A solução apresentada –para que cada partido tenha autonomia no apoio a candidaturas diferentes ao Senado e ao governo do estado–, apesar de aventada em conversações entre PSB e Rede, não é a opção preferencial da REDE-SP. Por isso mesmo, consideramos indevido o uso do nome do porta-voz estadual da Rede, Célio Turino, no documento, como se estivesse apoiando este encaminhamento”, diz a nota da Rede.

A Rede, de Marina Silva, se uniu ao PSB, de Eduardo Campos, depois de ter sua criação vetada pela Justiça Eleitoral. Inicialmente os pessebistas iriam apoiar a reeleição de Alckmin, mas o plano foi barrado por Marina, que exigiu o lançamento de uma candidatura própria no Estado.

O PSB apresentou então o nome de Márcio França, presidente da sigla em São Paulo, que é rechaçado pela Rede.

Apesar disso, o grupo marineiro diz na nota que “em momento algum o nome do deputado Márcio França (PSB-SP) como candidato ao cargo majoritário no estado de São Paulo foi submetido a veto por parte da Rede.”

Diz, no entanto, que há “a necessidade de construção de uma candidatura que abra espaço para o novo momento político vivenciado no Brasil”  e que apresentou “alternativas que expressam esses valores”, entre os quais não cita França.

Diz ainda que o deputado foi convidado para conversar sobre a candidatura, “mas não houve possibilidade de agendamento por motivos alheios à vontade da Rede”.