Corregedoria do TCE cobra explicação de Marinho sobre caso Alstom

Paulo Gama

A Corregedoria do TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo abriu prazo de 15 dias para que o conselheiro Robson Marinho apresente esclarecimentos sobre uma decisão tomada por ele em 2001.

Marinho é alvo de uma comissão no tribunal, formada pelo corregedor, Dimas Ramalho, e por mais dois conselheiros, que apura possível desvio funcional.

A comissão foi instalada depois de o órgão receber o inquérito sobre a Alstom que o Ministério Público conduz desde 2008. Documentos franceses e suíços do inquérito apontam que Marinho recebeu propina no valor de US$ 1,1 milhão da multinacional francesa.

No ato de 2001, mencionado no despacho do corregedor do TCE, Marinho considerou regular a extensão de garantia em um contrato firmado entre a Alstom e a EPTE, antiga estatal paulista da área de energia.

A ação criminal aberta pela Justiça Federal sustenta que Marinho beneficiou a Alstom na decisão.

Antes de assumir a vaga de conselheiro no TCE, Marinho foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997 no governo Mario Covas (PSDB).