Temendo novas greves durante a Copa, Dilma monitora policiais militares
Lei e ordem A cúpula do governo Dilma Rousseff monitora o risco de novas greves de policiais militares em Estados que vão sediar partidas da Copa do Mundo, nos meses que antecedem a competição —a exemplo do movimento que terminou ontem na Bahia. O Palácio do Planalto já identificou essa possibilidade no Rio Grande do Norte, no Amazonas e em Mato Grosso. A equipe da petista avisou aos governos locais que tropas do Exército serão enviadas aos Estados, se for necessário.
Precedente O Ministério da Justiça lembrou aos governadores que há entendimento do Judiciário para que as greves sejam declaradas ilegais.
Fogo baixo Ao analisar os movimentos, o Planalto identificou que os PMs usam a proximidade da Copa para fortalecer suas demandas, mas não estariam dispostos a parar durante o evento.
Ignição Aloizio Mercadante (Casa Civil) se reuniu ontem com metalúrgicos do ABC paulista para discutir o encalhe de veículos produzidos na região, que reduziu as atividades das montadoras.
Saldão Os trabalhadores querem que o governo federal adote medidas para “reativar” o mercado de automóveis. O último desconto de IPI sobre carros vale até julho.
Fuso Deputados em viagem à China articularam a derrubada da sessão de terça-feira do Congresso. A cúpula da Câmara telefonou do outro lado do mundo, na véspera, para avisar aos colegas que não haveria quorum.
Mi casa… O PT-MG vai acionar o PSDB na Justiça Eleitoral pelo uso da residência oficial do governador Alberto Pinto Coelho (PP) para uma reunião entre o candidato tucano ao cargo, Pimenta da Veiga, e aliados, ontem.
… su casa Os petistas evocarão a lógica que a oposição usou para atacar, em março, uma reunião do núcleo da campanha de Dilma no Palácio da Alvorada.
Xadrez 1 Gilberto Kassab (PSD) almoçou com Michel Temer (PMDB) na quarta-feira para discutir a possibilidade de aliança entre os dois partidos na eleição para o governo de São Paulo.
Xadrez 2 O cenário mais provável é o de que Paulo Skaf (PMDB) abra espaços em sua chapa a Kassab e ao ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, do partido do ex-prefeito. Ontem, foi a vez de Skaf e Temer almoçarem juntos para tratar do encontro do dia anterior.
Prazo de validade A Secretaria de Recursos Hídricos paulista trabalha com a perspectiva de que a multa para quem aumentar o consumo de água comece a valer em junho e se estenda por sete meses, período que inclui o da disputa eleitoral.
Didática A pasta defende a realização de uma campanha para explicar e defender a medida, que ainda precisa de aprovação da agência reguladora para entrar em vigor. A ideia é que ela atinja os 31 municípios que já desfrutam do bônus por redução.
Guichê A secretaria também pretende abrir um canal para receber justificativas de quem tiver elevado o consumo por razões específicas.
Guerra… A Cemig e o governo de Minas decidiram ingressar com ação no Tribunal Superior Eleitoral e queixa no Conar contra propaganda que o governo federal levou ao ar atribuindo à estatal a maior alíquota de ICMS sobre a conta de luz do país.
… da tarifa A empresa diz que, graças a sua política de isenções, 40% das famílias do Estado não pagam o tributo. A Cemig e o governo mineiro questionam nos dois órgãos o uso de propaganda federal para atacar a estatal.
TIROTEIO
“A cada crise entre o governo e sua base aliada no Legislativo, vemos o tamanho da bolsa de valores em que se transformou o Congresso.”
DO DEPUTADO DOMINGOS DUTRA (SDD-MA), acusando o governo de beneficiar deputados e senadores com emendas e cargos em troca de apoio em votações.
CONTRAPONTO
Questão de mérito
Em uma de suas tradicionais sessões de estudos ao lado da mulher, a desembargadora Sandra de Santis, há algumas semanas, o ministro do STF Marco Aurélio Mello confidenciou à esposa que queria uns dias de descanso.
—Vamos parar um pouco? Podemos passar um tempo no Rio —disse o ministro, no Supremo há quase 24 anos.
—Parar?! E os meus processos? —retrucou a desembargadora, que atua no Tribunal de Justiça do DF.
—Mas você acha que eu não tenho meus processos?
—Tem. Mas como ministro do STF, você não tem o Conselho Nacional de Justiça no seu pé! —brincou Sandra.