Ex-auxiliar de Dilma abre palanque a Aécio e Campos

Vera Magalhães
O pré-candidato do PC do B ao governo do Maranhão, Flávio Dino (Foto Sérgio Lima/Folhapress)
O pré-candidato do PC do B ao governo do Maranhão, Flávio Dino (Foto Sérgio Lima/Folhapress)

O ex-presidente da Embratur Flávio Dino (PC do B) vai receber o presidenciável do PSB, Eduardo Campos, para um ato político logo após sua desincompatibilização do governo de Pernambuco.

Dino também negocia diretamente com o postulante tucano ao Planalto, senador Aécio Neves, uma aliança com o PSDB na disputa para o governo do Maranhão.

A abertura do palanque do comunista aos dois adversários de Dilma Rousseff foi a forma de se contrapor à pressão do PT nacional para que o partido apoie, no Estado, o candidato da família Sarney à sucessão de Roseana, Luís Fernando (PMDB).

Com a rebelião do PMDB na Câmara, Dilma passou a ser mais dependente do apoio dos senadores da sigla para evitar o risco de reviravolta na convenção peemedebista. Assim, ficaram mais remotas as chances de o PT maranhense lançar candidato próprio, uma maneira que vinha sendo estudada para evitar a pressão por uma aliança formal com o PMDB.

Diante disso, Dino, que contava com o fato de ter sido auxiliar de Dilma como fator a impedir uma aliança formal com o clã Sarney, já perdeu a esperança de ter a presidente em seu palanque. Questionado se, ainda assim, pretende fazer campanha para Dilma, diz que não pretende emitir opiniões na disputa nacional: se PSB e PSDB apoiarem sua candidatura, receberá Aécio e Campos em seus atos de campanha. “Vou falar de mim”, responde, quando questionado sobre a saia-justa nacional.