Deputados atribuem a Renan indicação de novo titular do Turismo

Vera Magalhães
O presidente do Senado, Renan Calheiros, a quem os deputados do PMDB atribuem indicação do ministro do Turismo (Foto Pedro Ladeira/Folhapress)
O presidente do Senado, Renan Calheiros, a quem os deputados do PMDB atribuem indicação do ministro do Turismo (Foto Pedro Ladeira/Folhapress)

A escolha de Vinicius Lages para o Ministério do Turismo, noticiada em primeira mão pelos repórteres Andréia Sadi e Valdo Cruz, tende a agravar o mal-estar da bancada do PMDB na Câmara com o Palácio do Planalto.

O mais cotado para a vaga até a manhã desta quinta-feira (13) era Angelo Oswaldo, do PMDB mineiro, que também não foi bem recebido no partido.

Dilma Rousseff se decidiu por Lages nas últimas horas, e o Planalto atribuiu a escolha a uma opção por um perfil técnico.

Mas a bancada da Câmara diz que a indicação partiu do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de quem Lages é conterrâneo.

Atualmente o escolhido ocupa uma diretoria do Sebrae. Ele já foi professor na Universidade Federal de Alagoas.

Até agora, o Turismo era ocupado por um deputado peemedebista, o maranhense Gastão Vieira. Com a mudança, a bancada da Câmara, que se rebelou contra o governo e tem atuado para derrotar Dilma nas votações, perde espaço.

“É mais um jogo que mostra que o palácio quer desestabilizar o partido e jogar na divisão entre Câmara e Senado”, diz um dos líderes da insurreição na Câmara.

Os deputados vão intensificar o trabalho para tentar antecipar a convenção do partido. Os senadores têm sido o lastro dado ao vice-presidente Michel Temer para que a aliança seja mantida e a antecipação da convenção não seja aprovada.