Em defesa no TSE, Luciano Huck diz que não será candidato na eleição deste ano

Painel

Em papel timbrado De volta ao centro das projeções eleitorais, Luciano Huck afirmou ao TSE que não entrará na disputa deste ano. O apresentador abordou o assunto ao pedir à corte o arquivamento de representação movida pelo PT após sua aparição no “Domingão do Faustão”, em janeiro. “Luciano Huck em instante algum apresentou-se como candidato, não pediu voto a quem quer que seja e reitera, como dito anteriormente, que não será candidato no pleito de 2018”, garantem seus defensores.

Me dê motivos Citado como presidenciável, o apresentador foi acionado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS) por abuso de poder econômico e campanha eleitoral antecipada.

Sou do povo Os advogados de Huck sustentam que a ida ao “Domingão” foi “produção de entretenimento” e que os rumos do país, tema de parte da entrevista, são preocupações de todo brasileiro. “Falar de política não pode ser um monopólio de políticos”, dizem.

Só escrito em pedra As negativas oficiais não paralisam os políticos e empresários de grande quilate que inflam a candidatura de Huck. Exemplo: FHC chamou o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para conversar na terça (6). O assunto: a viabilidade de uma candidatura do apresentador.

Liga da justiça Quem acompanhou o papo com Maia? O governador Paulo Hartung (MDB-ES), citado como opção de vice em uma chapa de Huck. Na reunião, FHC e Hartung falaram sobre a necessidade de, caso o apresentador tope disputar, criar uma rede de apoio a ele.

Às claras Coordenador do MTST, Guilherme Boulos, esteve com o ex-presidente Lula há alguns dias para avisar que sua candidatura ao Palácio do Planalto pelo PSOL está se consolidando.

Conta paga Petistas consideram “natural e inevitável” a entrada de Boulos na disputa. Afirmam que seu empenho e lealdade na defesa de Lula impedem o partido de trabalhar para convencê-lo a não concorrer.

Teleguiado No páreo, Boulos pretende distribuir críticas a Jair Bolsonaro e Huck. Ele entende que o apresentador tem se poupado de ataques ao não se colocar na corrida oficialmente.

Cada caso…Visto como uma aquisição de peso para a defesa de Lula no Supremo, Sepúlveda Pertence defendeu quando ministro, no julgamento de Fernando Collor, em 1994, tese oposta à pregada por críticos da condenação do petista.

… é um caso? Na ocasião, Pertence sustentou que não era necessário provar a prática de ato de ofício em favor de empresas que deram dinheiro ao esquema PC Farias. Para caracterizar corrupção passiva, disse, basta que o funcionário público receba uma vantagem indevida.


Túnel do tempo Collor participou na terça (6) de um evento pelo 76º aniversário de Kim Jong-il, pai do ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Detalhe: o patriarca do regime morreu em 2011. O senador jantou ao lado do embaixador de Cuba e não quis dar entrevistas.

Data marcada Antes da reunião em que o PTB decidiu manter a indicação de Cristiane Brasil (RJ) para o Ministério do Trabalho, o líder da bancada, Jovair Arantes (GO), reuniu aliados e avisou que, após o Carnaval, indicará outro nome ao governo.

Limites Petebistas relatam que o pai de Brasil, Roberto Jefferson, insinuou que pode cortar verba do fundo eleitoral dos que têm se rebelado contra a indicação dela.

Script O prefeito João Doria foi na terça (6) a evento do PSDB da zona norte de SP organizado para que ele ouvisse um apelo para sair candidato ao governo do Estado. Chegou a se emocionar.


TIROTEIO

Michel Temer é um otimista. Ele enxergou o 1% que marcou no último Datafolha como o ponto favorável à sua candidatura.

DO SENADOR RENAN CALHEIROS (MDB-AL), sobre a articulação de setores do Planalto para que o presidente seja candidato à reeleição neste ano.


CONTRAPONTO

Cada coisa no seu lugar

Durante reunião da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), nesta quarta (7), o senador José Pimentel (PT-CE) elogiou o projeto de lei que estava em votação e proibia a penhora de benefícios da previdência privada.

— Eu acompanho de perto esse tema desde 1979… Ainda tinha cabelo nessa época! — disse, descontraído.

— O senador pode ter perdido o cabelo, mas a inteligência segue maior hoje — afagou Ana Amélia (PP-RS).

Em seguida, Simone Tebet (MDB-MS) acabou com a sessão de elogios:

— Com vênia à sabedoria e competência do senador Pimentel, mas eu realmente preciso pedir vista!