Em relato a Temer, Chefe do GSI minimiza riscos de violência no dia do julgamento de Lula no TRF-4
Olhos e ouvidos A proximidade do julgamento de Lula pelo TRF-4, em Porto Alegre, mobilizou a atenção do universo político. O chefe do GSI, general Sérgio Etchegoyen, fez um relato ao presidente Michel Temer sobre o esquema de segurança montado pelas forças locais para conter qualquer tumulto no dia 24. Segundo o militar, que troca informações com o comando do RS, aposta-se na repetição da estratégia que garantiu atos pacíficos em Curitiba, quando o petista foi condenado em primeira instância.
Amigos, amigos O chefe do GSI conversou com Temer antes de almoçar com o presidente do TRF-4, o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, de quem é próximo. Ao presidente, falou apenas sobre os dados que havia recebido nos relatórios das forças de segurança locais.
Ressaca Analistas do mercado financeiro dão a condenação do ex-presidente Lula como certa e estão de olho em apenas duas coisas: o placar no TRF, se 3 a 0 ou 2 a 1, e a reação do PT no dia seguinte ao julgamento.
Tipo exportação O advogado australiano Geoffrey Robertson, que representa o ex-presidente Lula na ONU, vai participar do julgamento no TRF-4 como integrante da defesa do petista. O ex-presidente tem sido aconselhado a ampliar a divulgação de seu caso no exterior.
Diga-me… Aldemir Bendine prestará depoimento à Lava Jato nesta terça (16) e há expectativa de que ele explique melhor a quem apresentou André Gustavo, o homem apontado como seu operador.
… com quem andas Alexandre Abreu, que assumiu o Banco do Brasil quando Bendine deixou o cargo, admitiu a Sergio Moro que o ex-colega pediu a ele que recebesse Gustavo –dono de uma agência de publicidade– em audiência. O rapaz queria ser contratado pela BB Mapfre.
Direi quem és Ao juiz, Abreu disse que se desvencilhou do empresário amigo de Bendine e que não sabia se a negociação de André Gustavo com a BB Mapfre havia ido adiante. Ela foi.
Melhor remédio Aliados de Temer já fazem troça do impasse sobre a ida de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho. Dizem que, enquanto houver recurso, haverá esperança –até que alguém se canse: o governo ou o PTB, acrescentam.
Tem para todos Siglas que dão sustentação a Temer não caminham juntas quando o assunto é a sucessão presidencial. Geraldo Alckmin (PSDB) é o preferido no PTB de Roberto Jefferson. No PR, de Valdemar Costa Neto, Lula é o nome dos sonhos. Ambos, porém, não descartam apoiar Rodrigo Maia (DEM).
Com o que tem Sem definição no cenário nacional, o PSB consolida candidaturas estaduais nos principais colégios do país. A sigla terá nove candidatos a governador, entre eles Márcio França, em SP, e Márcio Lacerda, em MG –os Estados com o maior número de eleitores.
Sem trégua Menos de uma semana depois de ser instalada, a placa que identificava o viaduto paulistano batizado com o nome de D. Marisa Letícia foi roubada.
Passou do ponto O carro da prefeitura regional de Aricanduva, zona leste de SP, foi usado para viagens para fora da cidade. Relatórios de prestação de contas mostram que, no ano passado, o veículo foi abastecido em Araraquara, a 290 km da sede da subprefeitura, ao menos quatro vezes.
Passou do ponto 2 Um Corolla XEI 2.0, o veículo oficial teve o tanque abastecido no interior paulista em fevereiro, abril, maio e setembro. Prefeito regional, Luiz Carlos Frigerio não se manifestou.
Por que foges? A Secretaria das Prefeituras Regionais informou que apura o caso e que, se necessário, tomará medidas cabíveis.
TIROTEIO
França nem sentou na cadeira e já dá mostras de que pretende usar o velho expediente do ‘toma lá, dá cá’ para fazer valer seus apoios.
DO PRESIDENTE DO PSDB-SP, PEDRO TOBIAS, sobre os relatos de que o vice -governador Márcio Franca (PSB) tem prometido verbas e cargos a aliados.
CONTRAPONTO
Manual básico da política
No momento mais descontraído do encontro de Rodrigo Maia (DEM-RJ) com os presidentes do PP, Ciro Nogueira (PI), e do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), no dia 10, no Rio, o deputado paulista fez piada com a timidez do democrata e disse que ele precisava de treinamento.
— Por exemplo, você tem que começar a sorrir mais, a estender a mão para as pessoas… — disse Paulinho.
— Mas hoje já dei três sorrisos! — respondeu Maia.
— Já passou das 16h e você deu só três sorrisos… — retrucou o aliado, em tom de brincadeira.
— Aproveite e vá lá dar a mão ao garçom que atendeu a gente. Ah, sorria! — disse o presidente do Solidariedade.