Maia se reúne com presidentes de siglas e planeja ampliar alianças pró-candidatura ao Planalto
Enquanto dormes… Os que duvidam das pretensões de Rodrigo Maia (DEM-RJ) deveriam prestar mais atenção à movimentação do presidente da Câmara. Ele recebeu, nesta quarta (10), no Rio, os presidentes do PP, Ciro Nogueira (PI), e do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), ao lado de dois ministros de Michel Temer: Alexandre Baldy (Cidades) e Mendonça Filho (Educação). Núcleo duro do suporte a Maia, o grupo saiu com a missão de ampliar o leque de siglas dispostas a apoiá-lo na corrida ao Planalto.
Alvo Os primeiros partidos a serem abordados pela turma de Maia serão o PSC e o PR.
Eu tenho, você não Ainda que a ofensiva não dê frutos agora, aliados do democrata lembram que, a essa altura do campeonato, ele é o único pré-candidato que pode exibir duas siglas, o PP e o Solidariedade, como parceiras.
Ele voltou Ex-secretário de Comunicação de São Paulo, Márcio Aith se somará oficialmente à assessoria do governador Geraldo Alckmin no comando do PSDB. A parceria, claro, é de longo prazo e vai se estender até a campanha presidencial.
Espelho meu João Doria (PSDB) vai acelerar a execução de seu programa de desestatização para turbinar a imagem e o caixa da Prefeitura de São Paulo.
Guerra de narrativa No dia 17, às vésperas do julgamento do recurso no TRF-4, o ex-presidente Lula participará de uma conferência sobre seu caso. Os advogados Cristiano Zanin, Valeska Teixeira e Geoffrey Robertson –que representa o petista na ONU– participarão do ato em SP.
Relembrar é viver A AGU anexou declarações de diversos ministros do STF sobre o sistema penitenciário brasileiro à ação em que pede que a presidente do STF, Cármen Lúcia, revogue a liminar em que suspendeu trechos do indulto natalino de Temer.
Tu o disseste O órgão fez questão de incluir manifestações do ministro Luís Roberto Barroso, relator originário da ação. Com isso, tenta obter um resultado favorável.
Clemência Em manifestação selecionada pela AGU, Barroso disse que “a deficiência do sistema penitenciário reverte consequências gravíssimas para a própria sociedade pela incapacidade de se tratar essas pessoas com o mínimo de humanidade”.
Quem manda Procuradores ligados a Rodrigo Janot criticaram o delegado da PF que intimou o ex-chefe do Ministério Público a depor no inquérito que apura a participação de Marcello Miller na delação da JBS. Disseram que o policial se equivocou ou quis “tirar onda” ao marcar a data para Janot ser ouvido.
Minhas regras Integrantes da Procuradoria, quando intimados na condição de testemunha, têm a prerrogativa de definir dia e hora de depoimentos. O ex-PGR disse ao delegado que estaria fora do país e frisou que ele próprio indicaria melhor ocasião para falar do assunto.
Dois pesos Nomes do Judiciário e do universo político ironizaram a reação de Janot. Disseram estranhar que, justo ele, um ardoroso combatente dos privilégios, tenha lançado mão de prerrogativa exclusiva de membros do Ministério Público para driblar a convocação.
Gato escaldado Após a polêmica que sucedeu a escolha de Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho, o Planalto decidiu esperar uns dias para anunciar o novo titular de Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Quer ver o que aparece sobre o favorito para o posto, o presidente da ABDI, Guto Ferreira.
Padrinho mágico O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, faz campanha para que Ferreira seja nomeado. Pré-candidato do MDB ao governo de SP, Skaf tenta, com isso, garantir o apoio do PRB, que tem o controle da pasta, à sua empreitada eleitoral.
TIROTEIO
Os petistas não estão acostumados com uma gestão eficiente. O padrão deles é a tranquilidade passiva do Haddad.
DO PRESIDENTE DO PSDB-SP, JOÃO JORGE, em resposta a Antonio Donato (PT), que disse à Folha que o paulistano elegeu um prefeito e ganhou um candidato.
CONTRAPONTO
Não se deprecie, homem!
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn foi em outubro passado a uma audiência pública no Congresso para falar sobre as ações de seu órgão.
— O nosso papel é o de contribuir para alcançarmos a meta de inflação. No Brasil, há o hábito de mudar. ‘A meta é difícil? Por que não a mudamos?’ — disse.
O deputado Mandetta (DEM-MS) não deixou passar:
— Pelo menos agora nós temos uma meta. Antigamente, não tínhamos. E quando batêssemos a meta, dobraríamos a meta não estabelecida! — brincou, lembrando a sentença da ex-presidente Dilma Rousseff que, em 2015, ao anunciar vagas do Pronatec, virou meme.