PPS propõe incorporar movimento Agora! e mudar de nome para ter Huck candidato ao Planalto
Fazei-me tua morada Em nova etapa do esforço para atrair Luciano Huck aos palanques em 2018, o PPS colocou na mesa proposta para incorporar o Agora!, grupo ao qual o apresentador está vinculado. Em contrapartida, a sigla mudaria de nome e adotaria a alcunha do movimento. A ideia foi encampada pelo presidente da sigla, o deputado Roberto Freire (SP). Ele está à espera de uma definição de Huck. Os dois já tiveram encontros em SP, Brasília e um mais recente, no Rio, na casa de Armínio Fraga.
Plano B Integrantes do Agora! dizem que é difícil o PPS atrair o grupo inteiro. Ainda que Huck tope a empreitada, outros quadros devem abraçar legendas como a Rede ou o Livres.
A fórceps A Rede fará reunião de sua executiva nacional nos dias 1º e 2 de dezembro. No ato, Marina Silva será aclamada candidata à Presidência. Os diretórios estaduais estão elaborando documentos para entregar à ex-senadora. Eles serão o endosso ao lançamento do nome dela.
Lição de casa Enquanto partidos como o PMDB, o PPS e o DEM ensaiam voos solo na corrida pelo Planalto, Geraldo Alckmin (PSDB) é pressionado a acelerar a definição de palanques estaduais como forma de garantir alianças e impedir uma debandada.
Lição de casa 2 O PSD defende que Alckmin comece arrumando o próprio quintal, indicando o senador José Serra (PSDB-SP) como o seu candidato à sucessão estadual.
Jogar parado Michel Temer vai tentar adiar até dezembro uma definição sobre a Secretaria de Governo, hoje nas mãos de Antonio Imbassahy. O presidente externou a aliados que se sentiria pessoalmente mal em desalojar o tucano e lembrou que ele trabalhou pesado para derrubar as denúncias na Câmara.
Alma do negócio Deputados do PMDB se reuniram nesta terça (21) na casa de João Arruda (PR) e apresentaram ao líder da bancada, Baleia Rossi (SP), seu veredito: a Secretaria de Governo não bastará se não vier acompanhada do segundo escalão do Ministério das Cidades.
Realpolitik Os peemedebistas querem as chefias das quatro secretarias nacionais da pasta –Desenvolvimento Urbano, Habitação, Mobilidade e Saneamento. Miram o atendimento a prefeitos, cabos eleitorais em 2018.
Imoral, não ilegal Ministros do Supremo vão ter que se esforçar para elaborar votos que transformem em ilegal a ação da Alerj que livrou Jorge Picciani e outros peemedebistas da prisão. Dois artigos da Constituição garantem aos deputados estaduais a prerrogativa.
Spoiler A alternativa que é discutida hoje no STF para viabilizar a permanência de Picciani e seus aliados no cárcere foi antecipada no pedido da chefe da PGR, Raquel Dodge, para que a corte analisasse o caso: a excepcionalidade do cenário no Rio, que vive verdadeiro caos.
Dia da caça Um advogado do Maranhão enviou ao Senado pedido de impeachment do ministro Luiz Fux, do STF. Alega que o magistrado cometeu crime de responsabilidade ao autorizar, em 2014, por liminar, o pagamento de auxílio-moradia a 17 mil juízes e 13 mil membros do MP e não ter submetido o caso ao plenário até hoje.
Dia da caça 2 Pedro Leonel de Carvalho diz que a canetada de Fux custou R$ 4,2 bilhões aos cofres públicos. O pedido foi encaminhado à advocacia da Casa. O ministro foi criticado no Congresso por ter, segundo parlamentares, debochado de Aécio Neves ao condená-lo ao recolhimento noturno, em setembro.
Antes que acabe Dados da Anamatra mostram que, pouco antes da vigência da nova legislação trabalhista, no dia 11, houve corrida à Justiça. Na véspera, o TRT-5, na Bahia, recebeu 10.740 ações. O TRT-1, no Rio, 2.333, número muito acima da média.
TIROTEIO
O diálogo entre o governo e a Câmara é importante, mas não resolve se a reforma continuar prejudicando o trabalhador.
DO DEPUTADO ÁUREO (RJ), líder do Solidariedade na Câmara, sobre a aliança de Michel Temer e Rodrigo Maia pela aprovação da nova Previdência.
CONTRAPONTO
Campanha eleitoral antecipada
O senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) comandava a votação de um projeto na Comissão de Assuntos Econômicos, nesta terça (21), quando foi alertado pelos colegas de que havia uma falha no sistema de votação. Os parlamentares digitavam o código que autorizava o processamento do voto e aparecia na tela uma foto de Garibaldi.
— Estamos votando em vossa excelência! — brincou Romero Jucá (PMDB-RR).
Resolvido o problema, a proposta foi aprovada por unanimidade. O senador potiguar não perdeu tempo:
— Sabia da estima de vossas excelências, mas não tanto assim! A foto ajudou. Tomara que ajude em 2018!