Por 2018, Marina faz reunião com PSB e prega terceira via ‘contra a polarização’ na eleição

Sonháticos 2.0 Marina Silva, da Rede, teve um encontro com a cúpula do PSB nesta semana e pregou a formação de uma terceira via para 2018. Segundo Pedro Ivo, um dos dirigentes da sigla mais próximos à ex-senadora, os partidos trataram da “importância de constituir um bloco fora da polarização” com “alianças programáticas”. Marina ainda não se assume candidata ao Planalto nem dentro da própria legenda, mas deu sinais claros de que tentará reeditar a aliança que a levou às urnas em 2014.

O meu time Participaram da reunião nomes do PSB que fazem oposição a Temer, como o presidente da sigla, Carlos Siqueira, o governador Paulo Câmara (PE) e o ex-governador Renato Casagrande (ES). O partido não bateu martelo e tem conversado com outras legendas de seu campo, como o PT.

Animei Mesmo sabendo que não tem exclusividade nas negociações, a ex-senadora saiu animada do papo com os socialistas. Disse a aliados que foi “a melhor conversa que teve com o PSB desde as eleições de 2014”.

Logo mais Adilson Barroso, presidente do PEN, sigla que mudará a alcunha para Patriotas na esperança de ser fiadora da candidatura de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ao Planalto, diz que o deputado deve apresentar até janeiro seu programa de governo.

Minha praia Criticado por assumir publicamente que entende pouco de economia, Bolsonaro começou a abordar o assunto em suas redes sociais. “Precisamos de Banco Central independente para definir metas, diminuir juros, reduzir inflação e obter previsibilidade econômica”, escreveu nesta sexta (3).

Vidraça A tentativa de minimizar o impacto da entrevista à “Veja” em que falou sobre a eleição presidencial não foi suficiente para tirar o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) da boca dos analistas de Brasília. Integrantes do governo que fazem gosto de sua postulação dizem que ele errou tanto na hora como na forma da abordagem.

Em marcha Michel Temer fará uma série de reuniões com sua equipe ministerial. Quer saber como está o andamento dos projetos que são prioritários para o governo e ser informado sobre o que pode ser entregue até o início do próximo ano. A primeira sabatina será com as pastas da área social, na terça (7).

Caça às bruxas Um dos maiores críticos dos métodos de algumas alas do Ministério Público Federal, o ministro Gilmar Mendes, do STF, foi satirizado durante o congresso promovido pela Associação Nacional dos Procuradores da República, em um resort “all inclusive”, em Porto de Galinhas (PE).

Caça às bruxas 2 A programação do encontro da ANPR incluía um concurso de fantasias. Um dos destaques da noite foi uma mulher que, trajada com uma capa preta e vermelha e usando máscara com o rosto do magistrado, se apresentou como “Gilmau Mendes”.

Caça às bruxas 3 Fotos do desfile à fantasia circularam (veja aqui). Procurada, a ANPR não quis comentar, apenas informou que a mulher que satirizou o ministro não é procuradora e sim familiar de um participante.

Celebridade De passagem por Portugal em missão oficial, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divertiu-se fugindo de brasileiros que, ao encontrá-lo, sacavam o celular para fazer flagras. Aguardava os turistas fazerem o enquadramento e, então, fugia aos risos.

Reset A Frente Parlamentar da Agropecuária quer uma comissão geral na Câmara para debater o trabalho escravo. Convidarão membros do Judiciário e organizações. “Isso é crime e deve ser punido. Mas a legislação precisa ser mais clara, sem margem para interpretações”, diz Nilson Leitão (PSDB-MT).


TIROTEIO

A decisão do Supremo no caso Aécio Neves abriu a porta do inferno. E de lá estão saindo todos os demônios da impunidade.

DO SENADOR RANDOLFE RODRIGUES (REDE-AP), sobre o efeito cascata da decisão do STF que submeteu cautelares contra parlamentares ao Legislativo.


CONTRAPONTO

Testemunha mais do que ocular!

Presidente interino da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG) recebeu nesta semana uma comitiva de manifestantes da Marcha Mundial pelo Clima.

Ele ouviu atentamente um detalhado discurso sobre os riscos decorrentes da escassez hídrica no planeta e, em um dado momento, decidiu comentar o assunto.

— A questão da água sempre me comove. Quando eu era menino me afoguei em um rio lá de Minas…

Os ouvintes olharam espantados, e Ramalho fez questão de concluir o causo com uma explicação:

— Estou falando isso porque o rio, agora, está praticamente seco!