Candidatura de Huck sai do anedotário, entusiasma mercado e siglas; potencial no Nordeste é atrativo
O caldeirão de Huck Uma eventual candidatura de Luciano Huck ao Planalto saiu do anedotário. Na última semana, o apresentador tornou-se assunto central em conversas de grandes investidores e analistas do mercado. Ele é visto como a alternativa mais palatável entre os outsiders. Representaria o pensamento liberal para a economia, sem conservadorismo nos costumes. No mundo político, movimento semelhante. Pesquisas que chegaram a ele e a partidos indicam forte potencial de voto no Nordeste.
Escolinha O apresentador tem feito uma série de reuniões reservadas com alguns dos mais influentes empresários e economistas do país. Sempre ouve mais do que fala. Não evidencia intenção de ser candidato, mas diz que quer conhecer projetos para o país. Armínio Fraga faz as vezes de cicerone.
Hora H Huck costuma contar experiências em tom motivacional. Tem dito que a vida é dividida em fases e que chegou o momento de ele “retribuir” o que recebeu do país.
Cartas na mesa Ele também pede análises sobre nomes que estão cotados ao Planalto, como o governador Geraldo Alckmin e o prefeito de SP, João Doria, do PSDB.
Vi vantagem O apresentador conversou com publicitários. Ouviu que tem apelo entre os mais pobres e que não precisaria antecipar a campanha. Por ser extremamente conhecido, teria condições de se apresentar para o jogo às vésperas da partida.
Chorando se foi O assédio do PIB a Huck virou motivo de gracejo entre analistas do mercado financeiro. Os empresários que estimulam sua candidatura têm sido chamados de “viúvas de Doria”.
Com quem será À frente do PSDB, Tasso Jereissati (CE) fará na quinta (26) uma reunião com presidentes dos diretórios estaduais da sigla. Vai debater o modelo de prévias que será adotado para eleger o candidato tucano.
É a crise Aliados de Alckmin defendem que somente delegados e donos de cargos eletivos votem na primária. Dizem que seria inviável custear uma eleição para todos os filiados à sigla.
Não dá Líderes do PT admitem que, embora pesquisas mostrem Dilma Rousseff liderando a corrida para o Senado em Minas, a chance de ela ser candidata é quase nula.
Treta reciclada Tramita no Congresso desde 2013 projeto que prega a criação de uma Política Nacional de Erradicação da Fome, cujo um dos pilares é a distribuição da farinata –agora alvo de forte polêmica na gestão de João Doria, em São Paulo.
DNA A proposta é de autoria de Arnaldo Jardim (PPS), hoje secretário de Agricultura de Geraldo Alckmin. O governador aproveitou o desgaste do prefeito –seu rival na disputa pelo posto de candidato do PSDB ao Planalto– para fazer propaganda do programa “Bom Prato”, que oferece refeições a R$ 1.
Tô fora dessa O texto foi aprovado em setembro pela Câmara e agora está no Senado à espera de um relator. Tucanos foram sondados e não quiseram assumir a tarefa.
Estou aqui 1 Integrantes do Serviço de Repressão ao Trabalho Forçado da PF, área ligada à Divisão de Direitos Humanos da corporação, expressaram desconforto com a proposta do governo de criar uma delegacia especializada no combate à violação.
Estou aqui 2 Acham que a ideia só mostra que o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), desconhece o ofício do setor, que existe há mais de dez anos.
Foro íntimo Em uma reunião nesta semana, Nogueira disse que a portaria do trabalho escravo também lhe rendeu problemas em casa. Relatou que, após assinar o texto, sua mulher disse que não o reconhecia mais. O ministério não quis comentar.
TIROTEIO
Se Aécio licenciado incomoda a uma parte da bancada e do PSDB, Tasso desagrada a outra parte. Precisamos de alguém que nos una.
DO DEPUTADO NILSON LEITÃO (PSDB-MT), sobre o imbróglio em torno do comando do PSDB depois que Tasso Jereissati pediu a renúncia de Aécio Neves.
CONTRAPONTO
Não existe almoço grátis!
Em discurso no Senado, na quarta (18), Telmário Mota (PTB-RR) aproveitou o dia do médico para parabenizar a categoria. Logo depois, fez elogios também aos agricultores familiares. Ao final, fez menções específicas a trabalhadores da Bahia, em deferência a Lídice da Mata (PSB), que seria a próxima a falar, e do Rio Grande do Sul, Estado de Paulo Paim (PT), que presidia a sessão.
— Senador, gentil como sempre. Toda vez que fala para o Rio Grande do Sul tem mantido esse carinho e essa atenção pela bancada gaúcha — disse Paim.
— Eu tenho que ganhar um churrasco lá, porque dela [Lídice] eu ganhei uma moqueca! — devolveu Mota.