Governadores articulam carta pública de apoio à candidatura de Lula a presidente em 2018
Onda pré-fabricada Inflamado pelo crescimento de Lula no último Datafolha, um grupo de governadores articula lançar carta pública em apoio à candidatura do petista à Presidência. A ideia, ainda em gestação, é fazer um apelo para que o ex-presidente saia em caravana pelos Estados para debater o que seria apresentado como um programa de governo. A proposta nasceu entre nomes do Nordeste, como Flávio Dino (PC do B-MA), mas já tem o apoio de Tião Viana (PT-AC) e de Fernando Pimentel (PT-MG).
Hora certa Os governadores que tratam do assunto dizem que o ideal é lançar o documento após Lula prestar depoimento ao juiz Sergio Moro, no dia 10 de maio. O encontro entre o político e o magistrado é alvo de forte expectativa, especialmente entre os apoiadores do petista.
Segundo round O governo Michel Temer prepara uma nova leva de propagandas sobre a reforma da Previdência. O sociólogo Antonio Lavareda começa nesta terça (2) uma série de pesquisas qualitativas que vão ajudar a definir a linha do discurso.
Vai que dá O PMDB na Câmara sugeriu adiar em uma semana a votação do relatório da reforma da Previdência na comissão que analisa o tema. Auxiliares do governo resistiram. Dizem que o texto será apreciado pelo colegiado nesta quarta (3).
É a comunicação O relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), diz que as alterações feitas no texto já atendem as demandas da base e protegem os “menos favorecidos”. “O problema é que ainda há desconhecimento. Esse é o grande desafio.”
Chamada oral Nomeado por Michel Temer para a Subchefia de Assuntos Federativos, Du Altimari está na lista de políticos delatados pela Odebrecht divulgada pelo ministro Edson Fachin, do STF.
Guerra fria Aliado de Geraldo Alckmin, o deputado estadual Ramalho da Construção (PSDB-SP) esbravejou contra João Doria em um grupo de WhatsApp de tucanos depois de chamar o prefeito de “ridículo” em ato sindical neste Dia do Trabalho.
Guerra fria 2 “Quem quer crescer na política tem que saber respeitar as diferentes formas de pensar”, escreveu Ramalho. “Alckmin, além de gestor competente, é maduro politicamente, dialoga com todos”, concluiu.
E ele? Deputados dizem que o gesto do governo Michel Temer de cortar cargos de infiéis não surtirá efeito se Renan Calheiros (AL), líder do PMDB no Senado, não sofrer retaliação. Ele não só critica as reformas como também atua para tirar votos do governo no Congresso.
Por partes Auxiliares de Michel Temer justificam que o foco agora está voltado para a Câmara, mas destacam que há movimentos na bancada do PMDB no Senado para isolar Renan.
Um já foi O deputado Cícero Almeida (PMDB-AL), que teria votado contra a reforma trabalhista a pedido do senador, perde dois cargos em Alagoas nesta terça (2).
Menu indigesto O casamento de Patrícia Abravanel, filha de Silvio Santos, com o deputado Fábio Faria (PSD-RN) reuniu diversos nomes do Congresso, muitos citados na Lava Jato. Neste grupo, o cardápio causou alarde. As iniciais dos noivos, impressas nas capas das peças, formavam a sigla “PF”.
Algo maior Presidente do TSE, Gilmar Mendes reinicia nesta quarta (3) conversas com membros da comissão que discute a reforma política na Câmara. Quer retomar a discussão de um projeto robusto, que reestruture o sistema e não trate apenas de formas de financiamento.
A marca O ministro reconhece que o Congresso está sobrecarregado, mas diz que a crise deve ser vista como uma oportunidade para fazer algo “substancial”. “O tempo está escoando”, alerta.
TIROTEIO
Essa turma do PT só tem cabeça para discutir dois tipos de reformas: a do sítio em Atibaia e a do tríplex do Lula à beira-mar no Guarujá.
DO DEPUTADO VANDERLEI MACRIS (PSDB-SP), ironizando a posição contrária dos petistas às reformas trabalhista e da Previdência do governo Michel Temer.
CONTRAPONTO
Tudo tem limite
Em meados de abril, logo depois de participar de um Mutirão da Prefeitura de São Paulo, o vice-prefeito, Bruno Covas (PSDB-SP), voltou para casa para ajudar o filho a estudar para os exames da escola.
O tucano interrompeu a tarefa para atender a uma ligação de um amigo pessoal, alheio à política.
— E aí, está trabalhando, Bruno? –indagou o colega.
— Não, não. Estou estudando matemática… –respondeu o vice, que antes de concluir a frase foi interrompido pelo amigo sobressaltado:
— Nossa! O Doria, além de tudo, agora também aplica prova nos secretários?