Publicitário Nizan Guanaes lidera grupo que vai bancar propagandas pró-reforma da Previdência
Horário gratuito Um grupo capitaneado pelo publicitário Nizan Guanaes e pelo cientista político Luiz Felipe D’Ávila vai liberar, nos próximos dias, intensa campanha publicitária em defesa da reforma da Previdência. Eles vão produzir propagandas de rádio e peças para a internet a favor das mudanças na aposentadoria. A dupla, que diz agir por iniciativa própria, trabalha para envolver artistas de peso na divulgação. A ofensiva atende apelo do governo, que tem incentivado o empresariado a se engajar na causa.
No caldeirão O apresentador e talvez presidenciável Luciano Huck teve recente conversa com D’Ávila. Ele disse apoiar a reforma e se comprometeu a compartilhar a campanha de Nizan em suas redes sociais. Huck, porém, não gravou participação na publicidade.
Deu like Só no Instagram, o apresentador tem mais de 12 milhões de seguidores.
No comando Embora integre o Conselhão de Temer, Nizan diz que a campanha não sofre interferência do Planalto. “É iniciativa minha. Viveremos cada vez mais. É preciso novas regras, senão a conta não fecha e os aposentados ficarão desamparados, como já acontece no Rio.”
Confraria da beleza Temer, que pediu ajuda a Silvio Santos para divulgar a reforma, conversa com frequência com o dono do SBT em São Paulo. Sempre que querem falar, marcam no salão do Jassa, no bairro do Jardim Paulista, onde o cabeleireiro montou uma sala reservada para os dois clientes ilustres.
Nada disso Relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA) diz que não há em seu texto dispositivo que estabeleça diferença entre o regime de aposentadoria dos parlamentares e o do cidadão comum.
Vai acabar Segundo Maia, a reforma impede que políticos optem por outro regime de previdência que não o geral e veta o ingresso de novos parlamentares em fundo complementar. “A regra para os congressistas é a mesma que valerá para todos.”
No abismo Aliados do ex-presidente Lula reconhecem que sua situação se agravou muito com o depoimento de Léo Pinheiro, sócio da OAS, a Sergio Moro. Juridicamente, dizem, não há base para decretação de prisão neste momento, mas admitem que o clima político azedou.
Sem Lula não sai Petistas também se debruçaram sobre o depoimento de Antonio Palocci. Acham que ele deixou claro que pode levar a Lava Jato a outro patamar, mas têm esperanças de que o ex-ministro esteja tentando negociar delação que não implique ainda mais a cúpula do partido.
Voando baixo Na direção do PSDB o ambiente também é de incerteza. Aliados de Geraldo Alckmin já verbalizam que o teor de sua citação na delação da Odebrecht diminuiu a possibilidade de ele ser visto pela totalidade da sigla como um presidenciável com chances de êxito.
Holofote Pupilo do governador, João Doria (PSDB-SP) faz grande sombra a Alckmin. No evento desta sexta (21) promovido pelo Lide, grupo empresarial criado pelo prefeito, políticos ficaram abismados com o volume de pedidos para selfies que Doria recebeu.
Strike A pressão do prefeito paulistano funcionou e a Câmara Municipal extinguiu a comissão de estudos que discutiria seu plano de privatizações. Doria temia que os debates atrasassem a aprovação dos projetos na Casa. Seis dos sete integrantes do grupo faltaram à sua instalação — inclusive dois petistas.
Vai sem eles Líderes de movimentos sociais de esquerda andam irritados com o PT. O partido marcou o debate sobre sua disputa interna para o mesmo horário no qual serão discutidos detalhes finais dos atos marcados para o dia 28, quando há previsão de greve geral.
TIROTEIO
Dúvida hamletiana: Léo Pinheiro destruiu ou não as provas, como Lula mandou? Se não, destruído definitivamente estará Lula.
DE ROBERTO JEFFERSON, presidente do PTB, sobre o sócio da OAS ter dito que o petista pediu para ele destruir dados que pudessem incriminar seu partido.
CONTRAPONTO
Afasta de mim esse cálice
Internado com dores crônicas nas costas desde a última terça-feira (18) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o senador José Serra (PSDB-SP) terá alta neste fim de semana e tem dito a auxiliares que quer voltar na segunda-feira (24) ao Congresso “tinindo”.
— Perguntaram ao Fernando Henrique [Cardoso] se eu estava com Alzheimer. Tenho o oposto, lembro muito de tudo — disse com humor a um amigo que o visitou.
Logo em seguida, emendou:
— E claro, que, como bom hipocondríaco, estou anotando todas as doenças que me atribuíram e que graças a Deus eu não tenho!