‘Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém’, diz Aécio sobre Doria em 2018
Devagar com o andor Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), decidiu colocar um freio na euforia que toma conta do tucanato quando o assunto é uma possível candidatura do prefeito de São Paulo, João Doria, à Presidência. Num recado polido, mas direto, o mineiro diz que há “muito açodamento sobre 2018”. Antes visto como principal opção da sigla para o Planalto, ressalta: “O que digo a quem me pergunta é que, numa hora dessas, cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”.
Para todo lado Aliados do governador Geraldo Alckmin também saíram das sombras. Cauê Macris (PSDB-SP), presidente da Assembleia, diz que, se há articulação em torno de Doria, ela é tocada por “falsos aecistas”, que “trabalham incansavelmente para dividir o PSDB de São Paulo”. “Não conseguirão!”
Largada O ex-presidente Lula fará um giro pela periferia paulistana com a Central de Movimentos Populares. Ele reafirmou ao grupo, nesta quinta (30), sua disposição em disputar o Planalto.
Looping O petista também deu o tom do discurso que vai martelar. Disse que concorrerá para que “os pobres voltem a ser prioridade”.
Páreo A CNB, maior corrente do PT, se reúne na segunda (3) para definir seu candidato à presidência do partido. Será apresentado o resultado de uma pesquisa feita nos diretórios estaduais.
Nada feito Embora o nome do ex-ministro Alexandre Padilha tenha ganhado força nacionalmente, parte da CNB não abre mão da candidatura do tesoureiro Márcio Macêdo.
Espelho meu A prisão de cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Rio instaurou um clima de desconforto e medo na corte homônima em São Paulo. Em sua delação, a Andrade Gutierrez diz ter subornado sete integrantes do TCE paulista.
Vai ferver Aliados do governo na Câmara estão incomodados com as críticas que Renan Calheiros tem feito a projetos defendidos a pedido do Planalto na Casa, como a reforma da Previdência e a terceirização irrestrita.
Se é assim… Enquanto o governo avalia dar um ministério para acalmar Renan, esses deputados pregam tratamento oposto. Dizem que o senador deve ser enquadrado, ou pode haver rebelião.
Fatura Preso e com os bens bloqueados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem mandado recados a ex-colegas. Queixando-se de dificuldades financeiras, cobra o pagamento de dívidas antigas.
Sem saída A condenação, nesta quinta-feira (30), reacendeu o temor de que, encurralado, Cunha feche delação. Todas as fichas estão voltadas, agora, para o habeas corpus que será julgado em breve pelo Supremo.
The Flash Advogados de Cunha colocaram na ponta do lápis a rapidez de Moro. Após receber os argumentos da defesa, o juiz, em 43 horas, conseguiu: ler 290 páginas com alegações do réu e da acusação, presidir duas audiências, redigir um despacho e, ainda, a sentença de 89 folhas em que o condenou.
Ame-o Moro participou nesta quinta (30) de audiência na Câmara sobre o Código Penal. Alguns deputados que tiveram acesso à sala reservada para ele não se inibiram em posar para selfies.
Ou deixo-o Críticos do juiz, por sua vez, chamavam-no pelos cantos de “marqueteiro”, por ter decidido condenar Cunha justamente no dia em que iria visitar a Casa.
Visita à Folha Michael Hartman, vice-presidente sênior da AT&T, visitou a Folha nesta quinta (30). Estava acompanhado de Adir Matos, vice-presidente de relações institucionais da Sky, Alexandre Martinez, diretor jurídico da Sky, Felipe Herzog, gerente de relações governamentais da Sky, e Alcides Ferreira, assessor de imprensa.
TIROTEIO
Depois de ser flagrado na ‘Carne Fraca’, está explicado porque Osmar Serraglio acha que terra não enche barriga de ninguém.
DO DEPUTADO NILTO TATTO (PT-SP), sobre o ministro da Justiça, que foi citado em grampos da operação, e, recentemente, criticou a disputa indígena por terras.
CONTRAPONTO
No compasso da desilusão…
Preso político em 1975, o jornalista e escritor Rodolfo Konder (1938-2014) foi testemunha, durante o regime militar, do assassinato sob tortura de Vladimir Herzog nas dependências do DOI-Codi, na cidade de São Paulo.
Militante do PCB, duas vezes esteve no exílio. Konder deixou o partidão em 1987 e, para surpresa de alguns indignação de outros, em 1993, aceitou ser secretário de Cultura do então prefeito Paulo Maluf.
Questionado sobre a mudança de trajetória, disse:
— Antigamente, pensava que conseguiria mudar o mundo. Depois, que conseguiria mudar o Brasil. Hoje, fico feliz por conseguir colocar minhas meias.