Temer acerta com Congresso leis para promulgar ao assumir; Reforma da Previdência está no forno

Painel

Vapt-vupt O plano Temer já está em curso. O vice acertou com o Congresso uma agenda prioritária para o momento em que assumir o Planalto. A ideia é promulgar, de cara, uma PEC desvinculando as receitas de Estados e municípios, tramitação que será acelerada pelo presidente da Câmara. Até a polêmica reforma da Previdência, com idade mínima para gerações futuras, está no forno. A ideia no entorno de Michel Temer é aprovar rápido uma agenda para marcar diferença com a atual gestão.

Topo Sindicalistas que estiveram com Temer concordam em iniciar conversas, desde que a proposta não mexa em direitos já concedidos.

Na rua A Frente Povo sem Medo, integrada por movimentos de esquerda, promete “parar o país” esta semana.

A hora chegou Pela primeira vez, Temer será alvo exclusivo de grupos sociais mais alinhados ao governo. Proclama um deles: “Vamos denunciar o golpe e o ‘Ponte para o Futuro'” — documento com seu ideário econômico.

Amiguinhos Temer e Renan Calheiros terão um encontro nesta quarta. A aproximação com o presidente do Senado é crucial para o projeto do vice.

Bloco na rua Geddel Vieira Lima, escalado para a Secretaria de Governo, já assumiu o papel de articulador político. Seis senadores relataram que foram procurados por ele só nesta terça (26).

O filho é teu Romero Jucá também foi encarregado de tocar as concessões e parcerias público-privadas no Planejamento. Eliseu Padilha, alçado a eventual chefe da Casa Civil, dará uma força.

Nova estatal? Estuda-se a criação de um órgão exclusivo para agilizar a pauta de privatizações. Uma nova agência reguladora foi cogitada, mas há dúvidas sobre o modelo.

Ele é meu! Nem se mudaram para o Planalto e alguns próceres de Michel Temer já se rendem aos mexericos da corte. Peemedebistas andam enciumados com a ascensão de Romero Jucá ao petit comité do Palácio do Jaburu.

Com calma Passada a admissibilidade no Senado, Antonio Anastasia deve levar de quatro a cinco meses para fechar seu relatório sobre a responsabilidade de Dilma. Essa é a expectativa geral na Casa.

Anistia O Planalto planeja um ato de desagravo à presidente com vítimas da ditadura antes da admissibilidade do impeachment. O mote será o voto que Jair Bolsonaro deu contra Dilma exaltando o torturador Brilhante Ustra.

Se vira nos 10 Com as restrições eleitorais, candidatos se planejam para uma campanha à Prefeitura de SP de cerca de R$ 10 milhões, dizem dirigentes partidários.

Franciscana Em 2012, Fernando Haddad (PT) gastou quase R$ 68 milhões. José Serra (PSDB), R$ 33,6 milhões. “Agora será uma pobreza…”, exagera um marqueteiro.

De olho no cofre O tucano João Dória promoverá em maio jantares para arrecadar recursos. Empresários cederão suas casas para receber o candidato e seus apoiadores.

Partilha Gilberto Kassab, chefe do PSD, quer voltar para o Ministério das Cidades, dizem aliados. Mas o PMDB cobiça a pasta.

katia

Fim de festa Sem agenda oficial no horário, a ministra Kátia Abreu foi vista almoçando no “bandejão” da Agricultura, onde o quilo da refeição sai por menos de R$ 20. O suco é de graça.

Visita à Folha Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebida em almoço. Estava acompanhada de Bazileu Margarido, da Executiva Nacional, e Andrea Gouvea Vieira, coordenadora de Comunicação do partido, e do economista Eduardo Giannetti.


TIROTEIO

Reduziram o debate no Brasil de tal forma que virou o direito de cuspir versus o direito de torturar.

DO DEPUTADO DANIEL COELHO (PSDB-PE), sobre a polêmica gerada após discussão entre os deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Jean Wyllys (PSOL-RJ).


CONTRAPONTO

Todo cuidado é pouco

Durante o encontro de entidades sindicais com Michel Temer nesta terça (26), o deputado Paulinho da Força (SD-SP) brincou que ficara expressamente proibido escrever o nome completo do vice no documento que seria entregue na reunião.
Muitos não sabem, mas o peemedebista chama-se Michel Miguel Elias Temer Lulia.
— Vai que esquecem de colocar o “i” no último sobrenome! — disse Paulinho, que esteve com o vice ao lado de representantes de centrais UGT, CSB e NCST.
Temer divertiu-se.
— É melhor evitar mesmo — respondeu, rindo.