Ministério da Fazenda enviará em março ao Congresso projeto para limitar gasto público
Pedaladas nunca mais O governo se mexe para enviar ao Congresso até março o projeto que fixará um limite para o gasto público. Na próxima semana, o ministro Nelson Barbosa (Fazenda) terá conversas com economistas de diferentes matizes ideológicas para fechar a medida. O alto escalão da equipe econômica também já procurou o Departamento do Tesouro dos EUA atrás de detalhes sobre como funciona o sistema de lá. A ideia, porém, é implantar um modelo bem menos bem rígido aqui.
Para tudo Na equipe econômica, fala-se na criação de uma trava de gastos que seria acionada toda vez que o teto de despesas fosse excedido.
Olho lá fora A Fazenda estuda modelos usados por outros países para entender qual se adequaria melhor à realidade brasileira. Além dos Estados Unidos, a pasta se debruça sobre as regras da Nova Zelândia, onde há meta de médio prazo para reduzir o gasto público.
Siameses O Palácio do Planalto atingiu o nível máximo de preocupação com a notícia de que a reforma do sítio frequentado por Lula em Atibaia fora bancada pela Odebrecht. Na avaliação da cúpula do governo, Dilma Rousseff perderá sua ponte com os movimentos sociais caso algo mais grave aconteça com o ex-presidente.
Meu Hemingway O receio é que a presidente da República fique sem o antecessor como “escudo humano” para se proteger do impeachment. “É por ele que os sinos dobram, não por ela”, diz um importante auxiliar da petista.
Psicologia reversa Senadores e deputados do PT foram instruídos a reforçar nos próximos dias a declaração do presidente da sigla, Rui Falcão, de que Lula é o candidato para 2018.
Vai que cola A estratégia é dizer que “a ofensiva contra ele forçará sua candidatura presidencial”. Acham que, com isso, “a sanha diminui”.
Animadinhos Semanas atrás, tucanos comentavam que, com o esfriamento do impeachment, só restaria à oposição fazer com que Lula e o PT sangrassem ainda mais.
Amigo do peito Aliado histórico do PT, O PC do B avalia promover em fevereiro evento em desagravo ao ex-presidente. O tema será discutido na segunda-feira (1º).
Casos de família A participação no Conselhão de Miguel Torres, da Força Sindical, irritou o Solidariedade, sigla favorável ao impeachment. Em retaliação, integrantes da cúpula do partido querem levar o caso para o conselho de ética da legenda com o intuito de expulsá-lo.
Que loucura Torres reage: “Seria interferir na atividade sindical”. E diz que o deputado Paulo Pereira da Silva, presidente da Força e do Solidariedade, foi avisado.
No escurinho A presidente se empolgou com a presença de Fernando Morais, autor do livro que inspirou o filme “Chatô, o Rei do Brasil”, no Conselhão. Combinaram de fazer uma sessão do longa no Alvorada.
Movimento Abilio Diniz é um dos pesos pesados que decidiu tirar parte de seus investimentos do BTG, em crise desde a prisão do banqueiro André Esteves. Migrou alguns de seus fundos para o Bradesco. Abilio não comenta.
Cara crachá O PSDB definiu quais serão os números de cada pré-candidato nas prévias. João Doria será 450. Andrea Matarazzo, 456. Ricardo Tripoli, 454.
Visita à Folha Fabio Coelho, presidente do Google Brasil, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Sergio Maria, diretor de estratégia para a América Latina, Flavia Sekles, diretora de comunicação para a América Latina, Todd Benson, diretor de comunicação no Brasil, e Marcelo Lacerda, diretor de relações governamentais.
TIROTEIO
Uma reforma veio da Odebrecht. Outra, da OAS. Só falta descobrirem que a casa do Lula recebeu móveis do caminhão do Faustão.
DO DEPUTADO NELSON MARCHEZAN (PSDB-RS), sobre o fato de um engenheiro da Odebrecht ter feito obras em um sítio muito frequentado por Lula.
CONTRAPONTO
Amnésia Em agosto, na tentativa de recuperar o apoio da base aliada no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff convidou deputados e senadores para um jantar de confraternização no Palácio da Alvorada. No final da reunião, quando já era servido o cafezinho, o senador Fernando Collor (PTB-AL) perguntou a participantes do encontro onde ficava o banheiro.
Um colega de Senado Federal explicou ao ex-presidente da República o caminho até o toalete, mas não perdeu a chance de fazer uma piada.
— Qualquer um aqui pode perguntar onde é o banheiro, menos o senhor, que morou aqui! — disse.