PMDB no Senado quer que Michel Temer renuncie à presidência do partido após ser reeleito

Painel

Cem graus Celsius A cúpula do PMDB do Senado aceita apoiar a reeleição de Michel Temer à presidência do partido desde que ele renuncie ao comando nacional da sigla logo depois da votação, marcada para março. Temer, porém, propõe acerto diferente: ser reconduzido e se licenciar depois, abrindo espaço para que o vice, um senador, assuma o cargo apenas interinamente. O conflito entre os dois lados amplia o racha na legenda, tornando a atmosfera do impeachment mais e mais rarefeita.

Nem pensar “Esse acordo não passa sem nosso aval. Só se ele abdicar e der a presidência ao Romerinho em caráter definitivo”, desafia um cacique, referindo-se à proposta aventada por Temer de ter o senador Romero Jucá (RR) como presidente provisório.

Nem morto Mas o vice-presidente da República refuta a ideia de renúncia. “Que montem uma chapa e disputem voto a voto”, afirma um interlocutor.

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Decorativo, não! Descontentes, peemedebistas dizem que não têm vocação para “rainha da Inglaterra”.

Ecumênico Em uma das mensagens flagradas pela PF no telefone de Leo Pinheiro, o empreiteiro da OAS trata de uma doação de R$ 60 mil para uma paróquia católica.

Checagem Advogados de Marcelo Odebrecht apresentarão nesta sexta (15) ao juiz Sérgio Moro pedido de acesso aos vídeos com os depoimentos dos delatores da Lava Jato. A defesa sustenta haver divergência entre a transcrição feita pelo MP e o que foi de fato dito.

Search O ministro do Planejamento, Valdir Simão, vai exigir regras mais duras de pesquisa de preços em editais públicos e aquisições governamentais.

Pente-fino Ele descobriu que havia risco de sobrepreço em parte da reforma de R$ 107,3 milhões que será feita num prédio na Esplanada. Motivo: houve só uma cotação de mercado para avaliar o valor da obra.

Lá fora O ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) terá uma reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira (15) para tratar de medidas de estímulo à exportação para 2016. A petista pediu ações para a abertura de novos mercados aos produtos brasileiros.

O tal do ajuste Para conseguir implementar algo que, de fato, ajude mais o setor exportador, o governo terá de vencer o drama de sempre: a crônica falta de dinheiro.

Conta aberta O PSDB paulistano abriu uma conta bancária para receber recursos do fundo partidário. Os líderes municipais tentam convencer o diretório nacional a repassar dinheiro diretamente a eles. O diretório estadual, encarregado de distribuir verba às divisões municipais paulistas, está com as contas bloqueadas.

Só cresce Os paulistanos dizem que precisam de R$ 100 mil para quitar aluguéis atrasados, R$ 30 mil por mês para bancar gastos administrativos e mais algum tostão para as prévias. Em 2012, elas custaram R$ 300 mil.

Fim das férias A Força Sindical decidiu abrir a temporada de manifestações contra o governo. A central criticará os juros altos e o desemprego. O primeiro ato está programado para a próxima terça (19) em São Paulo.

Voltei, Dilma A entidade, novamente sob o comando do deputado Paulinho da Força (SD-SP), quer levar manifestantes a Brasília. Ele é um dos parlamentares mais engajados no processo de impeachment da presidente.

Visita à Folha O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Ramiro Alves da Silva, assessor de imprensa.


TIROTEIO

Quem poderia imaginar que, da rivalidade das eleições de 1989, Lula e Collor chegariam à parceria que a PGR diz que chegaram?

DE ANTONIO IMBASSAHY (BA), líder da bancada do PSDB na Câmara, sobre a Procuradoria-Geral ter dito que Lula deu poder a Collor na BR Distribuidora.


CONTRAPONTO

O semeador

Durante debate sobre o projeto de lei da terceirização, um deputado “cabeça branca” do PSDB, como são chamados os veteranos do partido, reclamou anonimamente pelos jornais que os mais jovens eram contra a iniciativa, porque estavam sendo acossados pelas redes sociais.
Em um grupo de WhatsApp, deputados reclamaram. Um deles afirmou que era injusto fazer “política agrícola, plantando notas no jornal”.
Quando outro veículo publicou a mesma frase, creditando-a ao deputado Alfredo Kaefer (PR), alguns relataram que o deputado Bruno Covas (SP) brincou:
— Encontramos o nosso latifundiário!