Lu Alckmin usou aeronaves do governo mais vezes do que todos secretários de Geraldo Alckmin juntos

Painel

Nas alturas Presidente do Fundo Social de Solidariedade de SP, a primeira-dama, Lu Alckmin, utilizou as aeronaves do governo mais vezes do que todos os secretários de Geraldo Alckmin somados desde 2011. Até 2015, a mulher do governador teve helicópteros e jatos do Estado à disposição para 132 deslocamentos em que foi a passageira principal. Os auxiliares de Alckmin juntos foram passageiros principais em 76 ocasiões. Os dados dos 1.900 voos foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.

Honras da casa Alckmin também autorizou 36 empréstimos de aeronaves para pessoas de fora da administração paulista. A lista vai do ex-premiê britânico Tony Blair aos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Delcídio do Amaral (PT-MS).

Às claras 1 O governo diz que Dona Lu “desenvolve amplo trabalho voluntário, com agenda transparente” e que empréstimos a terceiros atendem a “interesse público”.

Às claras 2 O Estado justifica os voos em decreto que diz caber à Casa Militar operar “deslocamentos do governador e primeira-dama” em suas aeronaves, além de, excepcionalmente, secretários e agentes públicos a serviço.

Partiu Réveillon O presídio que abriga a maioria dos envolvidos na Lava Jato, em Pinhais (PR), registrou uma fuga no dia 29 de dezembro. O fujão, contudo, não fazia parte dos detidos na operação. O empresário Marcelo Odebrecht e José Dirceu cumprem pena no local.

Ficou novo A fuga aconteceu quando o preso era levado da área hospitalar, onde havia recebido atendimento médico, para uma cela. A polícia ainda tenta encontrá-lo.

It’s tiiiime A acareação entre José Carlos Bumlai e o lobista Fernando Baiano ocorrerá dia 14 de janeiro. Eles divergem sobre o envolvimento do ex-ministro Antonio Palocci na Lava Jato. Baiano também diz que passou dinheiro a Bumlai para bancar gastos de uma nora de Lula. Bumlai nega.

Nem vem O atual líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), tem dado de ombros aos que insistem em lembrar do acordo feito em 2015 que previa a necessidade de dois terços dos votos da bancada para a reeleição. “O combinado morreu quando passaram a lista para me tirar do cargo”, afirma.

Pouso autorizado Do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) sobre a impaciência generalizada com o ajuste fiscal: “Quando há turbulência, o piloto diz: ‘Apertem os cintos e não saiam da cadeira. Em dez minutos, sairemos da turbulência’. Se, em dez minutos, isso não ocorrer, você começa a ficar nervoso.”

Doces lembranças “Fico ouvindo o Jaques falar tanta bobagem que começo a achar que o Aloizio Mercadante era bom”, ironiza o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sobre o titular da Casa Civil, o atual e o ex.

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Serenata fiscal Diante da saraivada de críticas do mercado financeiro e do fogo amigo do PT, o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está decidido a gastar sola de sapato neste início de ano. Conversará com representantes de diversos setores, da esquerda e da direita

Deus e diabo Terá reuniões com entidades como a Fundação Perseu Abramo, com banqueiros e empresários graúdos. “Vou procurar todo mundo”, tem dito o ministro a interlocutores. Ele nutre esperanças de, assim, dirimir resistências.

Sem saideira Com 11 novos clientes após o início da Lava Jato, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, diz que “fechou o boteco”. Na lista, há nomes como Roseana Sarney, Romero Jucá, Aécio Neves e André Esteves.

Psiu O banqueiro André Esteves, aliás, foi orientado a permanecer em silêncio até o julgamento da denúncia.


TIROTEIO

Não há qualquer hipótese de paralisarmos atividades essenciais para o país como as executadas pela Polícia Federal.

DE JOSÉ EDUARDO CARDOZO, ministro da Justiça, sobre o corte de R$ 133 milhões no orçamento da corporação em 2016 feito pelo Congresso.


CONTRAPONTO

Dobrou a meta

Em sessão da CPI da Petrobras, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) perguntou ao presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), quanto tempo teria de discurso. Recebeu como resposta que falaria tanto como membro da CPI quanto como representante da liderança do PSOL. Foi quando Carlos Marun (PMDB-MS) provocou:
— Será para todos nós uma grande emoção ouvir o deputado Ivan Valente falar por longos 25 minutos.
— Por 30 minutos! — corrigiu Motta. E completou:
— Parafraseando o ex-presidente Lula, nunca antes na história desta Casa o deputado Ivan Valente teve tanto tempo assim para falar!