Campos: ‘Dilma não pode fugir do debate’

Vera Magalhães

O governador de Pernambuco e presidenciável do PSB, Eduardo Campos, relacionou os protestos de junho a uma crise de representatividade do que chamou de “presidencialismo de coalizão”.

Segundo ele, as pessoas foram às ruas para dizer que não se sentem representadas pelos políticos e para “derrubar o muro” que separa os anseios da população e as “conversas que chegam de Brasília”.

Ele criticou a interdição do debate em 2010 e disse que a presidente Dilma Rousseff pretende fugir do debate em 2014. “Ela precisa vir para o debate”, afirmou, sob aplausos dos presentes a uma palestra nesta segunda-feira na Associação Comercial de São Paulo.

Ele afirmou que, se os políticos não souberem entender essa crise de representação e firmar um novo pacto social, haverá uma ruptura.

Afirmou que os políticos devem buscar uma nova agenda centrada no diálogo e na melhoria de qualidade de vida das pessoas.

Falando a um auditório cheio, tocou em temas caros ao setor, como o aumento da produtividade, a desburocratização e o empreendedorismo.

Contrastando com o discurso da mudança na política, Campos foi ciceroneado e apresentado pelo ex-senador Jorge Bornhausen, expoente de partidos como Arena, PDS e PFL, ex-ministro do governo Collor e figura de proa nos governos de FHC.